S/N COLLINS,
narrativa.— Que tal essa? - Proponho, com uma fantasia do boneco Chucky em mãos, recebendo olhares de julgamento de Max e arrancando risadas de Beverly.
— Max você tem que ir de Chucky! - Beverly corre até mim tomando a fantasia de minhas mãos colocando sobre o corpo da ruiva, que afastou a roupa embalada em plástico agressivamente.
— Só porque sou ruiva! - Ela revira os olhos, cruzando os braços. — Não vou usar isso Beverly, usa você.
— Eu uso - A outra ruiva da de ombros, dando as costas para Max voltando a tomar seu milkshake.
Mayfield bufa irritada, não era possível ser tão difícil encontrar uma maldita fantasia que a agradasse.
Setembro havia passado tão rapidamente que eu mal percebi que já estávamos na semana do halloween. Eu podia afirmar que esperava o halloween o ano todo e planejava fantasias mirabolantes mas no fim, usava a fantasia mais genérica possível.
Esse ano não seria diferente. Eu não costumava ir a festas de halloween da escola, mas quando Jane Hopper saiu distribuindo panfletos divulgando sua festa de halloween eu senti uma vontade gigantesca de quebrar esse ciclo de passar o halloween fantasiada dentro do meu quarto comendo doces junto de minha gata.
Principalmente quando Boris Pavlikovsky apareceu no corredor cheio de gracinha me chamando para ir junto dele.
— Você é tão indecisa...
— A culpa não é minha desta loja não ter fantasias boas o suficiente.
— Você que é exigente demais - Bev provoca, recebendo uma careta de reprovação de Max.
Passamos por um corredor cheio de máscaras horripilantes, Max acabou pegando uma e colocando em seu rosto fazendo uma pose para avaliarmos.
Bev e eu nos encaramos e rimos da garota.
— Michael Myers? - Questiono com as sobrancelhas levemente sobressaltadas.
— Gostaram? - Pergunta com a voz abafada pela máscara, eu assinto. — Vou levar.
Beverly não disfarçou ao comemorar quando Max finalmente tomou uma decisão, afinal, querendo ou não estávamos aqui há bom tempo.
As ruas estavam consideravelmente movimentadas hoje, as cores laranja e roxo se destacavam nas decorações das casas do bairro e muitas crianças andavam ao lado de seus avós atrás de abóboras bonitas.
Depois de comprarmos uma casquinha, retomamos o rumo para a casa de Max. Andávamos quase que iguais, quando percebemos, caímos na gargalhada.
— E sua fantasia, S/n? Não comprou? - Max pergunta, mordendo sua casquinha em seguida.
Balanço a cabeça, negando.
— Posso saber porquê? - A ruiva insiste, franzindo o cenho.
— Porque ela e Boris vão combinando, né - Beverly responde por mim, com um pequeno sorriso travesso em seus lábios.
— Espera, é mesmo? - Mayfield me olha com as sobrancelhas levantadas, enrugando sua testa perfeitamente lisa.
Reviro os olhos, tentando conter o sorriso.
— Não é verdade - Mas eu queria que fosse.
— Ah, conta outra! Ele te chamou para ir com ele, é óbvio que vocês vão de casal, S/n.
— Nós não somos um casal - Murmuro, prestando mais atenção na minha casquinha mista do que nas ruivas.
— Como assim? Vocês ficaram setembro e outubro inteiro juntos, S/n! - Max exclama, indignada.
— Sim! Cheguei a ficar com inveja, sendo a única solteira desse grupo - Beverly bufa, cruzando os braços, fazendo Max e eu rirmos.
Beverly era solteira porquê queria, honestamente, tantos caras corriam atrás dela pela escola mas podemos dizer que Bev tem um gosto extremamente específico e dificilmente fica com alguém freneticamente.
— É, mas ele não me pediu em namoro.
Elas ficaram um tempo em silêncio, percebendo que eu estava certa em certo ponto.
— Okay, você tem um ponto - Bev murmura, levando o dedo ao ar. — Mas você deveria ir com ele.
Max assente freneticamente, olhando para mim, concordando com Beverly.
— Eu vou falar com ele.
As garotas comemoram, me fazendo revirar os olhos rindo. Elas eram tão bobas.
— Tá, agora chega de falar de garotos, vocês não sabem o que eu descobri! - Max interrompe rapidamente, fazendo o que ela fazia de melhor; fofocar.
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library girl, BORIS PAVLIKOVSKY
Fanfictionem meio dos livros de uma biblioteca local boris se vê encantado pela garota nova da cidade.