S/N COLLINS,
narrativa.Uma melodia tranquilizante soava em meus ouvidos através dos meus headphones, enquanto um papel branco A4 se traçava com lápis preto, formando um desenho que eu estaria prestes a fazer. Nas minhas horas vagas eu costumo desenhar ou ler, já que na maior parte do meu tempo estou estudando para provas.
Meus pais e eu nos mudamos para Derry entre o fim das férias de verão, — que aliás, acabaram hoje. Amanhã as ruas estarão cheias de crianças em suas bicicletas com suas mochilas nas costas, ônibus escolares levando estudantes para a escola e adolescentes se exibindo com seus novos carros.
A cidade em que eu morava antes não era pequena como Derry, as opções para sair em fins de semana não são tão grandes aqui. Na verdade, eu não sou uma grande fã de eventos sociais, se for para escolher entre uma festa adolescente ou ficar em meu quarto lendo um livro ou assistindo um bom filme de terror, eu definitivamente vou escolher meu quarto. Mas há momentos em que o confinamento chega a ficar entediante e as festas ganham lugar em nossa adolescência.
Tiro meus fones do ouvido, envolvendo-os no meu pescoço e olho para baixo, vendo uma felina arranhar a base estrela da minha cadeira, me chamando.
— Oi, Amy, quer brincar? - pergunto para a bola de pelos abaixo de mim, como se eu fosse ter uma resposta.
— Merda - murmuro ao olhar o horário em meu celular. — Você está com fome, não é? Eu me esqueci, desculpe. - lamento ao pegar minha gata nas mãos.
Amy ainda era nova, havia a adotado ano passado, ela tem os pêlos alaranjados e algumas listras laranja um pouco mais fortes que as dos pêlos, e seus olhos verdes claro chamavam atenção.
Eu a deixo no chão e em um movimento rápido, me levanto da cadeira e saio do meu quarto, descendo do segundo andar para ir até a cozinha. Abro o armário onde ficava a ração e petiscos da gatinha e encho o comedouro duplo de ração e o outro encho com água. Quando vi que ela já estava comendo, me encaminhei para meu quarto e deixei a porta encostada caso ela queira entrar.
Caminhei até a estante parafusada na parede, onde meus livros ficavam. A encarei por um momento e peguei um dali, sentei em minha cama encostando as costas na cabeceira de casal e estiquei as pernas.
Eu tinha cansado de desenhar, então resolvi continuar a ler um livro que havia parado de ler ontem de manhã. Na verdade, meu dia-a-dia é bem entediante e chato, eu não tenho muitos amigos e cheguei faz pouco tempo, não consegui aproveitar minhas férias aqui e nem mesmo na minha cidade antiga porque simplesmente de repente, tudo deu errado.
Eu passei bastante tempo lendo até sentir meu estômago roncar e me render e procurar algo para almoçar. Normalmente, meus pais deixam dinheiro ou o cartão deles para eu comprar alguma coisa para o almoço, ou se não, eu mesma faço somente um sanduíche. Como o cartão do meu pai estava na ilha da cozinha com um papel ao lado com a senha, optei por pedir um fast food.
Peguei meu celular e fiquei navegando em minhas redes sociais enquanto comia meu hambúrguer acompanhado das batatinhas fritas que haviam chegado a pouco tempo.
Quando estava acabando meu lanche, meu celular vibra e percebo que alguém tentava me ligar. Visualizo o "Max" na tela do telefone e atendo.
Max era uma das únicas amigas que consegui fazer na cidade, eu a acho muito legal e bonita, gosto muito de passar meu tempo com ela.
Ela perguntava se eu estava bem e o que estava fazendo, respondi com um "sim, eu estou bem" e a disse que estava almoçando.
— Eu e a Bev estamos em frente a sua casa, nós vamos no fliperama - ela disse.
As garotas me mostraram a cidade, incluindo o fliperama antigo da cidade e, apesar de termos vários jogos no celular elas preferem ir no fliperama para jogarem juntas.
Aliás, Beverly foi a outra garota que eu conheci na cidade e que quis ficar comigo no restante das férias. E igualmente a Max, a acho muito legal e bonita. Ela e a Max são minhas únicas amigas e por mim pode continuar assim, só nós três.
— Você vem, né?
Eu não estava com muita vontade de ir ao fliperama, nem de sair de casa, mas era o último dia de férias, afinal, não queria decepcionar minhas amigas e nem desperdiçar meu último dia de folga.
Respondi que sim e pedi um momento para me trocar. Quando desliguei o telefone, terminei meu lanche e subi para meu quarto, para vasculhar minhas roupas afim de encontrar algo legal para vestir.
Me olhei no espelho quando fiquei pronta, e em seguida, peguei meu caderno de desenho, meu celular e desci rapidamente as escadas. Peguei a chave no aparador ao lado da porta, abri a porta, tranquei e fui até às meninas.
o que vcs acharam
estão gostando???comentem ein gosto de ler os
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library girl, BORIS PAVLIKOVSKY
Fanficem meio dos livros de uma biblioteca local boris se vê encantado pela garota nova da cidade.