25.

267 15 1
                                    

NARRADORA,
narrativa.

Max e Beverly suspiravam sem paciência e elogiavam qualquer roupa que S/n vestia, para saírem o mais rápido possível. Afinal, Billy podia chegar a qualquer instante e acabar com as chances das garotas pegarem seu carro emprestado. Sem ele saber.

— Argh! Pega qualquer coisa, S/n, não é grande coisa, é apenas um jogo idiota! - Max exclama, irritada.

— Eu sei que é apenas um jogo idiota, Max, mas eu sou indecisa!

A ruiva de cabelo mais curto revirava os olhos com a pequena discussão entre as duas, Beverly sabia muito bem o porquê da indecisão de S/n.

— Quem você quer enganar, S/n? Está explícito que sua indecisão tem nome e sobrenome; Boris Pavliko... Boris alguma coisa!

— É claro que não! Boris não tem nada a ver com isso, se você quer saber - S/n tentava segurar a risada, ao tentar mentir para suas amigas, descaradamente.

— Nem você acredita nisso - Max diz, remexendo nas roupas largadas em sua cama.

S/n ria internamente com suas amigas. Estava óbvio seu interesse em Boris, mas não gostava nem um pouco de expor seus sentimentos. Mas a garota que já estava na beira da rendição, enfim, diz:

— Okay, talvez tenha um pouquinho a ver com ele.

— Meu Deus, ela admitiu?! - Uma Beverly chocada leva as mãos os lábios, arregalando os olhos.

— Eu disse só um pouquinho! - Ela ri, olhando uma combinação de roupas perfeita para ela. — É esse.

As ruivas gritam em comemoração e em poucos segundos, as três já estavam na bancada da cozinha roubando as chaves do carro de Billy.

[...]

Depois que uma bola alaranjada passou pelo cesto de basquete da Derry High School, os alunos começaram a gritar loucamente, era ponto para os tigres, time do Lucas.

O grupo de amigos que estavam reunidos em uma fileira gritavam e batiam palmas em comemoração, estavam apenas um ponto atrás, o sentimento de esperança reinava entre eles, afinal, eles ainda podiam virar.

S/n e Boris não haviam trocado nada além de olhares a noite toda, de vez em quando mãos se tocavam, já que seus amigos não fizeram questão nenhuma em disfarçar o quanto queriam que os jovens ficassem lado a lado.

Boris olhava para S/n de relance algumas vezes, tentava disfarçar o máximo possível, mas de repente se pegava a observando descaradamente, como se ela não pudesse perceber. Boris não queria que ela o achasse um obcecado, mas ele gostava de a admirar, não era atoa que ficou a encarando igual doido pela primeira vez que a viu.

Depois de um momento se sentindo observada, S/n percebeu que as encaradas eram de Boris e resolveu encarar de volta, não conseguindo conter o riso com o que lhe veio em mente.

— Tá rindo do quê?

— Nada, só me veio em mente que parece que você tem uma tara em me encarar - Ela cruza os braços, fazendo o cacheado rir.

— Eu não tenho tara em te encarar, sua doida.

— Ah, não?

— Eu não - o garoto sorri, desviando o olhar da garota ao seu lado.

— Estranho, porque eu sempre me sinto observada e quando vou ver, é você - Ela franze o cenho, cruzando os braços em seguida.

— Puts, estranho mesmo - Pavlikovsky dizia irônico, enquanto S/n, ria chocada como o garoto podia ser fingido — Não entendi o porquê da risada.

— Você é muito sonso!

Boris se divertia com S/n surpresa em como o garoto podia se fazer de desentendido e ele obviamente, continuava jogando seu jogo.

— Eu? Eu não sou nada sonso.

Boris dizia, olhando para o teto, mas seu olhar saiu de lá assim que recebeu um murro não muito forte em seu peito, vindo da mulher ao seu lado.

— Idiota.

Ele gargalhava com o garota irritada. Uma coisa que Boris sentia prazer, era provocar S/n, era engraçado como a garota parecia se irritar facilmente com qualquer gracinha do menino.

Os dois resolveram prestar atenção no jogo que ali acontecia, mas não durou muito tempo, já que o jogo acabou em pouco tempo, com os tigres levando a derrota para casa.

Após os tigres perderem em casa, o grupo de amigos estavam entristecidos e por incrível que pareça, Max consolou Lucas a maior parte do tempo. O grupo acabou se separando, já que não iria ter comemoração como haviam planejado antes.

Exceto por Boris e S/n, a "saída entre amigos" como eles haviam nomeado, ainda estava de pé e cá estavam eles, caminhando nas ruas silenciosas de Derry.

library girl,  BORIS PAVLIKOVSKYOnde histórias criam vida. Descubra agora