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oi pessoal!! 

novamente muito obrigada a todo o apoio que voces vem dando <3 me incentiva demais

espero que voces gostem do capítulo

não esqueçam do favorito xx

▽⚢✃▽

Gabriela passou mais ou menos cinco minutos dentro de um banheiro perto da área de funcionários do ginásio berrando contra a sua toalha. Ela esteve em um pico de euforia tão grande com o jogo que sentia pontos brilhantes no seu campo de visão.

Ela se olhou no espelho, e mesmo com o cabelo bagunçado, a camisa da seleção grudada no corpo de tanto suor, ela poderia jurar que era a mulher mais realizada do mundo. Ela havia jogado em quadra com sua maior ídolo, a sua maior ídolo que continuava sendo a melhor jogadora de vôlei que ela já havia visto.

Sheilla havia passado o terceiro set inteiro em quadra, e de início Zé Roberto ameaçou tirá-la, pois a vantagem contra as sérvias estava diminuindo, e após alguns xingamentos vindo de Caroline em direção ao técnico, e Gabriela dizendo para que elas continuassem, ele deixou-a em quadra.

Quando Sheilla sentia o bloqueio acontecendo com seus dedos ela era preenchida por uma felicidade imensa, abraçando suas companheiras de time mais forte do que normalmente faria. E após sua confiança aumentar, ela começou atacar, e a vitória foi garantida.

Ela estava extasiada, vendo e ouvindo todas gritando ao seu redor foi o suficiente para fazer seu peito apertar de tristeza e felicidade, na mesma medida. Felicidade pois ela havia feito seu time ganhar um jogo, e tristeza por aquele possivelmente ser um dos últimos. Ela não conseguia medir em palavras o quanto amava aquela vida, e como faria de tudo para continuar nela, mas ela tinha outras prioridades... Ou pelo menos era isso que diziam a ela.

O rendimento se manteve, o jogo contra a Bélgica foi o suficiente para mantê-la nos eixos para o jogo seguinte, contra a China. Para muitos, a partida estava perdida, e as atletas estavam extremamente nervosas até terem certeza que só uma pessoa poderia salvar aquele jogo que estava aparentemente perdido. E ela realmente salvou.

Para Sheilla tudo foi automático, em um momento ela estava com o pé na beira da quadra pronta para entrar em ação, e no outro, ela sentia abraços, puxões e gritos por todos os lados. Três sets a dois para o Brasil, ela havia virado seis bolas, o número necessário para que elas ganhassem.

Ela era uma jogadora incrível e sabia disso. Ela sentia cada movimento do seu corpo como se ela tivesse nascido para aquilo, e talvez ela realmente tivesse. Cada movimento seu tinha uma elegância calculada, e mesmo em quadra, ela parecia um estudo renascentista sobre a anatomia humana. Os músculos desenhados e o rosto concentrado eram dignos da melhor artista que já havia existido.

-Estão liberadas – Zé Roberto disse já no hotel. – Só hoje, ouviu, Gattaz?

A mais velha fingiu que não ouviu e saiu do lugar conversando com Rosamaria.

Após a comissão técnica se dispersar com piadas de que "os velhos agora iriam desopilar no bingo", as jogadoras se reuniram perto do saguão do andar que elas estavam, prontas para planejarem sua noite.

-O que vamos fazer hoje? – Carolana perguntou, esfregando as palmas da sua mão. – Depois de hoje só aceito voltar pro hotel falando italiano de tão bêbada.

Todas as mulheres explodiram em risadas.

Roberta estava mexendo no seu celular, buscando bares abertos naquele horário que se adequassem aos requisitos delas, que eram simplesmente: bebida boa, comida boa e pessoas bonitas.

impasse [sheibi]Onde histórias criam vida. Descubra agora