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[carolana's voice] oi pessoal 

perdao o sumiço, tive crise depressiva e logo depois entrei num limbo de falta de criatividadekkkkkkk mas to aqui agora, e é isso que importa

vamos manter a meta de 140 favoritos e 50 comentários, pode ser? 

inclusive, no meu perfil tem uma nova história rosattaz chamada "o maior presente", e eu adoraria se vcs dessem uma conferida ^~^

aproveitem a leitura x 

▽⚢✃▽

Sheilla começou a perceber como Gabriela estava emocionalmente, mesmo sem querer. A ponteira dormia profundamente por algumas horas, mas um sono tão agitado que Sheilla sentia pena, e logo depois levantava e saia do quarto, indo para deus-sabe-onde. A oposta, na primeira noite delas, colocou seu braço por debaixo do pescoço de Gabriela e com a outra mão a puxou para cima do seu corpo, fazendo com que seus corpos ficassem abraçados, e mesmo com o cansaço deixando-a delirante, ela parecia sentir mais prazer em ver a mais nova tendo uma noite de sono do que dormir por si só. Entretanto, no decorrer das noites, tal atitude foi perdendo sua magnitude de eficácia, e logo Gabriela estava acordando novamente.

A maioria dos jogos do Minas e do Vakifbank eram em horários opostos, então na maioria do tempo Sheilla estava descansando enquanto Gabriela estava em quadra e vice versa. Houve um dia, após um jogo difícil, não por ser um time desafiador, mas sim por sua ansiedade ter voltado com tudo em quadra, que ela foi correndo para o quarto de Sheilla. Ela sentia seu corpo exausto, um sono tão absurdo que suas pálpebras pareciam pesar toneladas.

Ela bateu na porta ornamentada e olhou para o seu corpo, o uniforme preto colado na pele de tanto suor, e seus pés batendo freneticamente no chão. Logo Sheilla apareceu com um rosto inchado de sono e o cabelo bagunçado, uma visão tão linda que Gabriela invadiu o quarto e a tomou entre suas mãos, beijando os lábios macios.

-Gabriela, ei – Sheilla disse, afastando-se. – O que foi?

-Nada, estava com saudades – A mais nova deu os ombros, indo para cima da oposta novamente.

Sheilla a impediu com segurando seus ombros.

-Ei, me fala a verdade – Ela sussurrou.

Gabriela gemeu em reprovação.

-Sabe, eu gostaria que você não me bombardeasse de perguntas.

Sheilla mordeu o lábio inferior, incomodada.

-Já parou pra perceber que você nunca responde elas?

Gabriela devorava a carne de dentro de sua boca e tinha os punhos apertados nas laterais do corpo. Ela estava sobrecarregada, sentia sua cabeça pesada e sua vista escurecendo com tanto esforço. Ela não sabia como reagir a isso, a ser confrontada diretamente daquele jeito. Ela não esperava que Sheilla falasse algo assim, ou melhor, não esperava ouvir algo assim, não após ter a certeza absoluta de que elas estavam tendo os melhores dias de suas vidas.

-Eu sempre respondo tudo o que você me pergunta – Gabriela rebateu, a voz esganiçada pelo nervosismo. Ela sabia que estava mentindo.

-Você nunca me respondeu sobre a lesão que sofreu recentemente, e nem como você está – Sheilla disse, a voz serena, mas ainda sim chateada. – Você acha que é fácil pra mim te contar tudo que acontece na minha vida? Que meu marido espancou o meu irmão? Que ele já fez coisas terríveis comigo?

Gabriela sentiu as lágrimas começarem a queimar seus olhos e logo depois suas bochechas serem preenchidas pelo calor. Ela não reconhecia mais os próprios sentimentos. Ela não sabia se chorava pelos gritos que havia recebido da levantadora do time após pegar duas bolas que não eram suas, mesmo tendo feito os pontos, ou por estar ali, com medo de Sheilla estar desistindo dela, ou até mesmo dela ter se arrependido de ter iniciado o relacionamento delas. Ela queria mais que tudo que o relacionamento continuasse, mesmo que o nome de Sheilla estivesse com outro nada agradável em algum documento, ela queria amá-la, deseja-la e fazê-la a mulher mais feliz do mundo, mas também estava com medo. Medo de ser abandonada.

impasse [sheibi]Onde histórias criam vida. Descubra agora