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[carolana's voice] oi pessoal

sumi mas não morri!! durante todo esse tempo eu tava montando aqui o futuro dessa história pq pra mim já tá algo muito extenso, e o meu plot principal ainda tá um pouco distante de acontecer, e é nesse sentido que impasse vai começar a ter grandes pulos temporais pra apressar um pouco mais a história.

eu não deixo claro datas específicas aqui, mas acredito que vocês conseguem perceber o que tá rolando devido eventos, como, por exemplo, as olimpíadas, então acredito que será algo tranquilo pra vocês como leitoras.

e ah, se der ruim, podemos voltar ao ritmo normal mesmo, depende do feedback de vcs.

de novo, perdao pelo sumiço

boa leitura x

▽⚢✃▽

Depois da temporada nos Estados Unidos, Sheilla considerou que seria melhor dar uma pausa na sua vida para recuperar um pouco as energias. Ela estava cansada, havia em média cinco anos que ela não tinha férias, e após enviar Marcela de volta para o Brasil, pois o contrato feito pela equipe do Athletes Unlimited acabaria na semana seguinte, ela ligou para Victor.

-E aí, sabe falar português ainda? – Foi a primeira coisa que ele perguntou quando atendeu a ligação.

Sheilla bufou ao ouvir sua risada.

-Idiota - Ela murmurou.

-Mas fala aí, o que foi?

-Eu acho que vou ficar aqui até o final do ano.

-E o emprego no Minas?

Ela suspirou pesadamente e passou a palma da mão na testa que começava a suar.

A primeira coisa que ela pensava era uma completa imaginação sobre a possibilidade de voltar no tempo e não ser mais casada com Bruno, onde ela poderia estar frente a frente à situação onde o havia conhecido. Ela compreendia que era estúpido, é o tipo de vontade que se tem durante até certo ponto da vida adulta, onde ainda se pensa como uma adolescente, mas ela pergunta para si mesma se não é normal ter aquele tipo de pensamento perto dos quarenta, pois a sua adolescência havia sido roubada e ela sentia que estava recuperando aos poucos todas as experiências vividas.

Então ela não poderia se esconder nas fantasias imaginárias de um momento que ela nunca poderia reparar. Ela tinha a chance de escolher o agora, e era isso que Rita sempre insistia ao dizer que ela deveria se preocupar com suas atuais possibilidades de escolha. E escolher viver era até mesmo uma escolha que ela achava impossível fazer.

-Sei lá - Ela murmurou, a voz exemplificando a insegurança e o medo que habitavam seus pensamentos. - Posso dar um chá de sumiço?

-E ser processada por justa causa depois? Claro que pode.

Os dois riram abertamente.

-É sério – Ela disse, agora séria. – Já estava olhando alguns Airbnb em Chicago, acho que vou ficar lá pelo menos até agosto, sei lá.

Victor ficou em silêncio por alguns instantes.

-O que tem por trás disso? – Ele perguntou, o tom de voz preocupado. – Qual a diferença de se esconder naquela sua fazenda em São Paulo? Ou no apartamento que vimos naquele dia? Já 'tá quase pronto!

Ele falava tão empolgado, sempre buscando soluções para qualquer impasse que a irmã arrumasse, que ela sentia-se culpada por colocar as pessoas ao seu redor em meio a sua própria confusão. Mas isso significa que essas pessoas a amavam, e ela gostava da sensação de ser amparada quando necessário, mesmo que não gostasse de admitir.

impasse [sheibi]Onde histórias criam vida. Descubra agora