impasse [sheibi]

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[carolana's voice] oi pessoal!!!

meu deus!!! voces foram INCRÍVEIS, nao tenho nem palavras, acho que com uma hora que eu tinha publicado o capítulo vcs bateram a meta hahaha

fiquei animada com essa historia!! agora vamo fazer 40 comentários e 100 likes? conto com voces pra fazer nosso sheibi acontecer

(o mundial tá chegando, sheilla indo pra turquia entao com qualquer migalha que elas derem pra gente certeza que vou me inspirar 100000% pra escrever aqui hahahah)  

e ah! fiz uma playlist para a história!! tá no meu perfil, lá tem músicas que já apareceram e que ainda irão aparecer aqui na história

boa leitura xx

▽⚢✃▽

A semana de volta ao Brasil se passou de forma solitária para Sheilla. As folhas caíam, chovia bastante e escurecia mais cedo, o que intensificava o sentimento de melancolia. No seu apartamento, Bruno forçava uma amor falso com as filhas, ele as chamavam para ficarem na sala brincando, e chamava sua esposa, que ignorava, descartando a possibilidade de fingir que gostava daquilo. Não era que ele não gostasse das filhas, ele tinha sim um carinho por elas, mas se ele estava tratando-as daquele jeito, era por saber que tinha sido escroto com a esposa.

Talvez ela estivesse meio deprimida, uma vez que sua vida como atleta estava quase totalmente acabada, e também as características dolorosas do local onde ela se encontrava: uma terra estranha, com um desconhecido em casa e clima imprevisível. Ela acreditava estar doente, mas realmente achava que não.

Ao acordar cedo em um dos fins de semana em casa, Sheilla encontrou o apartamento silencioso. Suas filhas dormiam serenamente no quarto. Fazia frio, mas não ventava. O céu exibia um tom esbranquiçado, nublado, e o cheiro característico de inverno a deixava arrepiada.

-Bom dia – Disse uma voz fria.

Sheilla virou a cabeça, atônita, e viu Bruno na outra ponta da varanda. Ele estava sentado com uma xícara de café na mão, parecia ter acordado a pouco tempo. Ela lembrou-se da visão que tinha quando acordava há algumas semanas, e sentiu seu peito apertar de saudades.

-Acordou cedo – Sheilla disse, com um riso nervoso.

-Faz pouco tempo, não quis acordar você.

Ela forçou um sorriso, pois não tinha mais nada para dizer, e mesmo que tentasse, ela não sentia a menor vontade de manter uma conversa com ele.

Foi nesse momento que Bruno chegou mais perto e, decidido e confiante, tomou os lábios de Sheilla. Mas, quando o corpo dele se colou ao seu, ela percebeu em seu íntimo algo que já havia sentido diversas vezes: aquilo estava errado. Não era o certo. Embora ela achasse que o certo também não fosse a ideia mais confortável do mundo.

Porque ela gostou de Bruno, gostou de verdade, há alguns anos. Ele era bonzinho e confiante de um jeito inspirador. Mas assim que seus lábios se tocaram, tal qual naquele momento, ela percebeu que não estava com a menor vontade de beijá-lo. Teve a certeza de que não estava a fim de beijar homem nenhum.

De repente, talvez desacostumada com mais de um mês longe, Sheilla desejou desesperadamente calar a voz que naquele momento ela percebeu que tentava chamar sua atenção há anos. E, para isso, tentou se envolver mais no beijo, ela o abraçou e o puxou para junto de si, como se tentando com mais empenho fosse conseguir negar aquilo que sabia ser a verdade.

▽⚢✃▽

Ela estava com saudades da sua família, já havia ido visitar sua avó e em breve iria ver Victor, que estava chegando de uma viagem à negócios naquele dia.