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[carolana's voice] oi pessoal 

muito obrigada pelo apoio que vcs vem dando a história, sério <3 é incrível demais isso tudo

sobre a frequência das postagens: eu não sei mais como vai ser, meu estágio voltou oficialmente nessa semana que passou e em breve minha rotina vai se tornar bem pesada, e pior ainda qd as aulas voltarem. mas juro que sempre to escrevendo algo e vou tentar atualizar sempre que possível. 

acho que podemos aumentar a meta e fazermos 120 favoritos e 50 comentários, pode ser? 

aproveitem o capítulo xx

▽⚢✃▽

O treino de tênis na quadra alugada naquele clube estava deixando-a frustrada da mesma forma que acontecia constantemente. O seu peito comprimia e ardia, e mesmo com ela puxando o ar com toda a força que tinha, ela sentiu uma pontada pela súbita quantidade de ar após um longo período com breves lufadas.

Ela largou a raquete no chão e sentou-se no banco que havia na lateral da quadra e pegou uma garrafa de água, virando-a inteira na sua boca. Ela passou as mãos pelo rosto suado e relaxou. Desde sua volta para Belo Horizonte a rotina estava sendo difícil, lidar com Bruno diariamente a deixava exausta, exausta de ter que fingir e também por ter que medir cada palavra para não gerar uma briga colossal. Ela não conseguia mais pegar no sono em sua cama, parecia que ela não conseguia descansar direito há semanas, então sempre caminhava até o sofá e ficava acordada até quase o dia amanhecer, e então, cochilava brevemente, sonhando com o cheiro de xampu e a pele macia. Sonhava com ela.

Então, ela acordava cedo, com um sobressalto, e lembrava-se da rotina de suas filhas, e mesmo exausta, ela se sentia feliz em realizar pequenas coisas para as duas crianças, pois o sorriso delas pareciam um energético e um incentivo para ela continuar. Ela temia sobre o que seria de si caso não fossem as gêmeas.

O momento com Gabriela reviveu uma coisa dentro dela que estava apagada há anos, ou melhor, ela tentava apagar essa coisa que era equivalente a um incêndio estratosférico com um copo d'água. A preocupação assolava seu corpo na mesma medida em que a felicidade parecia encharcar todos os seus poros com uma euforia adolescente.

▽⚢✃▽

O resultado final do campeonato sul-americano foi uma surpresa para todos os torcedores brasileiros, inclusive para as próprias atletas. Elas não sabiam se tinha algo a ver com o cansaço acumulado de terem participado de forma consecutiva em duas competições, ou se elas haviam subestimado o time oposto. Ou se o time estava instável após a saída de Fernanda e Camila. O grupo, que continuava ativo, sempre estava cheio de mensagens das duas, mandando energias positivas e tentando encorajá-las o máximo possível.

Gabriela estava exausta, e tudo que ela queria era que os quinze dias em sua casa em Belo Horizonte tivesse sido prolongado por um mês inteiro. Ela havia descansado e se dado ao luxo de muitas coisas, dormia até tarde, passeava com Nadal, comia lanches de restaurantes locais de que sentia falta, e também foi ao cinema, na maioria das vezes juntamente com Carol, algo que amavam. E foi em um desses dias que a mais nova resolveu contar do episódio com Sheilla. Apenas a parte da camisa.

-Ela realmente fez isso? – Carol perguntou, com o cenho franzido. As duas estavam preparando o jantar no apartamento que a central dividia com a sua esposa.

-Sim, nós descobrimos que temos um gosto musical em comum – Gabriela disse. – Inclusive a camisa é de uma coleção raríssima que foi vendida em um único show deles.

-Grande merda, Gabi – Carol revirou os olhos. Ela não entendia a importância da peça. – Eu 'tô falando dessa mulher achando que você é brinquedo.

impasse [sheibi]Onde histórias criam vida. Descubra agora