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[carolana's voice] oi pessoal

parece que morri, mas nao morri nao

hora da fanfic na vida real: planejei postar muito em julho, nas minhas férias, mas, graças a impasse, conheci o amor da minha vida, então passei o mês quase todo e + um pouquinho todin com ela

mas agora to de volta

planejo postar esse capítulo e mais um no decorrer da semana, mas isso só se alcançarmos a meta que estávamos estabelecendo antes: 140 favoritos e 60 comentários

boa leitura

e ah!! se tivermos estudantes de direito aqui, por favor, relevem certos erros em determinada parte, eu fiz o que pude :s

▽⚢✃▽

De repente, as noites tornaram-se mais agitadas, o sono tranquilo que passou a ter nos últimos meses não estava mais presente, e agora ela acordava em sustos durante a madrugada. As medalhas e troféus reluzentes que estavam em uma bancada no seu quarto pareciam só piorar essa angústia.

Seus pés calejados encostaram no piso frio, e ela andou sem vontade até a sala, onde jogou-se no sofá e pegou um livro que estava jogado ali em cima. Após uma tentativa falha de ler, ela pegou seu celular e olhou seu chat com Carol, que estava mandando diversas mensagens nos últimos dias, mas ela não tinha forças para responder.

Após respirar fundo, necessitada de ajuda, ela respondeu a última mensagem, e logo depois elas estavam em uma ligação de vídeo, tendo em vista que era quase meio dia no Brasil.

A central estava preocupada com o bem-estar da amiga, pois uma das prioridades de Gabriela como atleta e como pessoa era uma boa noite de sono, algo que ela parecia não estar tendo nos últimos tempos.

-Você 'tá bem? - Ela perguntou.

Gabriela acenou com a cabeça, mas Carol conseguia ver a veia saltada em sua testa, certamente um sinal de estresse e preocupação.

-Tem alguma coisa te fazendo mal, Gabi?

-'Tá tudo certo, só 'tô estressada com a final da Champions.

A mais velha revirou os olhos.

-Fala sério, Gabi, eu te conheço! Eu sei que o trabalho te preocupa de outras formas.

A ponteira passou as mãos pelo rosto, apertando as sobrancelhas e sentindo o músculo facial tenso.

-Sheilla 'tava na casa do ex, isso. O ex que, por sinal, é pai das filhas dela.

Carol sorriu levemente, satisfeita por finalmente entender o que estava afligindo a amiga. Ela não poderia mentir que boa parte das conversas que ela tinha com Macrís e Natália eram sobre o estado de Gabriela, e como o relacionamento com Sheilla poderia impactar no seu psicológico já frágil. Elas sabiam que não era um relacionamento fácil, mas perceberam tanta evolução vindo de Sheilla, que a única preocupação tornou-se a concepção de Gabriela sobre tudo. Ela havia sido escondida antes por uma ex-namorada, um relacionamento que a traumatizou profundamente.

Todos sabiam que aos vinte e oito anos, quase vinte e nove, Gabriela só tinha namorado uma vez até então, bem no início da sua carreira, quando ainda jogava no Rio de Janeiro. Sempre foi bem resolvida com sua sexualidade, mas sabia que nunca se interessou muito por relacionamentos, preferia sua individualidade além de tudo, mas em uma festa da época, conheceu Júlia. E mesmo sendo extremamente reservada, ela odiou ter que mentir para a sua família, odiou ter que mentir para a família de Júlia, odiou ter que mentir para os próprios amigos, e odiou mentir para toda a sociedade sobre quem ela era, e quem ela amava.

impasse [sheibi]Onde histórias criam vida. Descubra agora