impasse [sheibi]

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[carolana's voice] oi pessoal

suas safadas!!!!!!! nao batemos a meta de comentários no capítulo passado, mas me atazanaram tanto no twitter que a única soluçao foi vir atualizar hoje, mas eu quero que esse capítulo atinja a meta viu!!! 120 favoritos e 50 comentários!!!

a playlist da história tá no meu perfil, ouçam 

boa leitura x

▽⚢✃▽

A sala estava arrumada e aconchegante como sempre. Rita estava de pé, em uma mesa onde tinham diversas opções de petiscos, e como de costume, ela preparava o seu café e o de Sheilla. Ela sempre deixava a bebida pronta para quando a cliente chegasse, e logo após elas sentavam e conversavam tranquilamente, mas naquele dia foi diferente. Sheilla quase não deu nenhuma atenção ao seu café, o que deixou a psicóloga preocupada.

-Você tem algum paciente depois de mim? – Sheilla perguntou, sem nem ao menos responder ao seu cumprimento.

-Não, na terça à tarde eu só atendo você – Rita respondeu, confusa. – Aconteceu alguma coisa, Sheilla?

A oposta espremeu as mãos e suspirou.

-Eu queria saber se você tem tempo além dessa uma hora que passamos juntas – Sheilla continuou.

-Sim, claro, o tempo que você precisar.

Sheilla acenou, sentindo a calma invadir seu peito.

-O que houve, Sheilla? – Rita repetiu. – Você quer me contar algo?

-Sim.

Rita colocou a sua xícara de canto e percebeu que aquela não era uma sessão como as outras. Ela sabia que Sheilla tinha muito mais o que falar sobre a sua vida, mas ela obviamente respeitava todos os seus limites e tentou deixa-la confortável o suficiente para contar quando estivesse pronta, e aparentemente o dia havia chegado.

-Eu contei pro Bruno sobre a minha contratação – Ela disse.

-E como foi?

-Eu sai de casa com as minhas filhas.

Rita suspirou e olhou para ela com mais atenção.

-Mas teve algo que aconteceu antes – Sheilla continuou, o olhar perdido passando por todo canto da sala. – Algo que me deixou na beira do limite.

Rita ficou em silêncio, aguardando o que estava por vir.

-Eu estou gostando de uma mulher – Sheilla admite, como se estivesse cuspindo algo que estava guardado dentro de si há anos. – E todo esse tempo eu fingi que não era capaz de sentir esse tipo de coisa.

-Como assim esse tipo de coisa? – Rita perguntou.

-Amor. Amor por mulheres.

-É a primeira mulher que você gosta? – Rita perguntou, atenta.

Sheilla negou com a cabeça, sentindo um bolo se formar na sua garganta na mesma medida em que as lágrimas começam a escorrer pelo seu rosto.

-Quem foram as outras?

-Rafaela e Marianne.

-Quem foram elas, Sheilla? – Rita perguntou, atenta. Ela tinha uma breve suspeita sobre o que poderia ser o motivo da angústia ocorrente de Sheilla, mas não tinha ideia de que poderia ser algo tão grande daquela forma.

-A Rafaela eu conheci quando era adolescente – Sheilla começou, com um breve sorriso nos lábios e um olhar brilhante. – Ela gostava de me ouvir, algo que nunca me acostumei... Eu sempre costumava a falar apenas sobre as minhas conquistas, nunca sobre mim, e ela parecia me colocar em primeiro lugar... Quando eu viajava para jogos era horrível, eu sentia muita falta dela, sabe? Muita mesmo. Eu estava apaixonada.