72. Garantias

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Agora que Severus era o diretor, ele tinha mais tempo livre. Hermione ficou grata.

As duas últimas semanas não tinham sido as melhores. Hermione ficou muito tempo no sofá. Ela faltou às aulas. E de todos os seus amigos. E de sua mãe e de seu pai. As únicas coisas boas que aconteceram foram a destruição de uma Horcrux e o resgate de Luna da Mansão Malfoy. Ela, Harry e Ron estavam em segurança no Chalé das Conchas, junto com o goblin Griphook e o Sr. Olivaras.

Hermione passou muito tempo rastreando Severus, Neville e Ginny no Mapa. Neville, os irmãos Creevey e Seamus foram todos para a Sala Precisa. O número de crianças lá dentro aumentava a cada dia.

Hermione se preocupava com Ginny, que era uma das poucas remanescentes da Armada a ir às aulas. E ela ficou especialmente preocupada quando viu suas pegadas paradas do lado de fora da entrada da torre do diretor. Será que ela estava com problemas?

Os passos fizeram um círculo apertado enquanto Ginny subia a escada giratória.

Hermione se levantou de seu lugar e invocou sua orelha extensível. Quando o aparelho cor de carne se mexeu sob a porta, Hermione ouviu a voz de Severus pedindo que Ginny entrasse.

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Severus se perguntava que inferno fresco a Srta. Weasley iria desencadear quando entrasse em seu escritório.

Ela e o Sr. Longbottom tinham sido bastante desordeiros no último mês.

— Está com problemas de novo, Srta. Weasley?

Weasley parou em frente à sua mesa. As mãos que seguravam a alça de sua mochila estavam calejadas e cheias de crostas por causa das detenções com os Carrows.

Ela puxou a alça sobre a cabeça e colocou a bolsa sobre a mesa dele.

Ele fez uma careta para ela. Talvez houvesse algo venenoso em sua bolsa? Explosivo?

— Esta é a bolsa da Hermione.

Ele realmente deveria tê-la obliviado assim que Potter e o outro Weasley saíram correndo.

— Ela disse para entregar a capa a você se ela não conseguisse voltar.

— Se essa é mesmo a Capa da Invisibilidade dela — disse ele ao se levantar, — então você é um grande tola, não é?

A Srta. Weasley cerrou os dentes. — Ela voltou? — perguntou, do outro lado da civilização. — Você sabe onde ela está?

Os olhos da menina não paravam de olhar para a Espada de Gryffindor, de volta ao seu estojo consertado.

Então, ela estava aqui para examinar o escritório dele. — Não sei nem quero saber onde ela está, Srta. Weasley. Agora volte para a aula.

A Srta. Weasley levantou o queixo e se virou para a porta.

Pela forma como se contorceu, ela também viu a orelha desencarnada escorregando por baixo da porta.

A Srta. Weasley voltou-se para ele com um olhar muito pouco impressionado. Severus apertou a ponta do nariz. — Suponho que isso responda à sua pergunta.

A bruxa abriu um sorriso. — A Capa está realmente na bolsa. Senhor.

— Saia.

— Nós dois vimos a orelha, Mione — murmurou a Srta. Weasley assim que chegou à porta. — Tente viver de acordo com os padrões dos gêmeos. — Em seguida, ela fechou a porta do escritório atrás de si.

Severus se acomodou em sua poltrona. Muita gente sabia sobre esse casamento.

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Hermione abriu a porta da sala de estar.

O corpo de Ginny caiu de alívio. — Puxa vida, Mione, você nos deixou muito preocupados.

— Continue andando, Srta. Weasley — instruiu Severus com sua voz aguda.

As duas garotas riram baixinho. Ginny desceu as escadas correndo. Hermione fechou a porta com um clique.

Hermione voltou para o sofá. Finalmente havia um novo Semanário de Poções para ela ler. Ela apenas coçou algumas vezes os curativos em volta do braço.

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Severus estava em frente à Penseira. Albus o observava.

Ele puxava fio após fio de suas memórias. Qualquer lembrança feliz entre ele e Lily. Os planos que Albus fez para Potter. As coisas que os dois homens haviam escondido de Harry.

Algumas lembranças de Hermione rindo, embora Severus não tivesse a intenção de fazer com que isso acontecesse. Os dois discutindo sobre Bichento e sobre ser seu "pai". Os dois enfrentando Moody na festa de fim de ano.

Qualquer coisa que Potter precisasse para tomar sua decisão. Tudo o que ele precisava para confiar em Severus.

Depois de terminar, Severus encontrou Hermione lendo, contente, perto de um fogo baixo na grelha.

Severus estendeu um frasco que não era maior que seu polegar.

Hermione olhou para o brilho prateado. — O que é...

Seus olhos se arregalaram e foram até o rosto dele. — Severus, o que é isso? — perguntou ela com firmeza.

Ela sabia o que era.

Hermione balançou a cabeça e se afastou dele. — Não. Não posso.

— Por que — perguntou ele, — você acha que fomos casados?

Ele viu a respiração dela acelerar.

— Sem dúvida, você estará onde ele estiver, a qualquer momento.

— Quando - quando eu o entregarei a ele?

Severus segurou o frasco na mão, mas deixou-o repousar sobre o braço do sofá.

— Quando as pessoas começarem a morrer, eu presumo.

Ela balançou a cabeça e não parou.

— Pegue-o.

— Se eu aceitar — ela se engasgou. Ela baixou a cabeça e seu rosto se contraiu. — Você vai sair correndo e fazer alguma coisa estúpida.

— Você pode pegar isso agora, ou eu coloco na minha mesa para você encontrar depois. — Ele o levantou novamente e o colocou diante do rosto dela.

Ela usou o polegar para limpar os olhos.

Eles ainda estavam vermelhos, com manchas embaixo, quando ela pegou o frasco da mão dele.

—É bom que isso seja inquebrável.

— Obviamente.

Ela o enfiou no sutiã.

Lives Intertwined | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora