Lives Intertwined | Sevmione

31. Um pouco de privacidade

Hermione e Anthony saíram correndo de seus quartos quando ouviram batidas na porta da sala comunal. Anthony abriu-o cautelosamente.

— Caramba, cara, o que aconteceu? — ele perguntou enquanto Ron entrava na sala. Seu cabelo estava molhado. Sua perna sangrou no corredor do banheiro.

— Vou te dar seis palpites — Ron resmungou.

Hermione convocou sua pequena bolsa azul. Estava cheia de roupas (dela, de Ron e de Harry), livros, a tenda de Arthur e vários itens medicinais.

Ron caiu no sofá. — Vou tomar banho no maldito campo — ele reclamou.

Hermione se ajoelhou no tapete para ver melhor a perna dele.

— Dittany vai consertar isso — ela assegurou.

Anthony andava atrás do sofá. — Isso é uma loucura. Absolutamente uma loucura. Vou conversar com o Professor Flitwick sobre isso!

Hermione concordou. Simplesmente não era mais seguro lá dentro. Não quando ela e Ron tinham recompensas.

Bem, ela era casada com um professor. Um professor com banheiro privativo. Então pelo menos Hermione não ficou em apuros.

Depois que ela cuidou de Ron e ele voltou para a segurança da torre, Hermione reuniu coragem. Ela pegou seus produtos de higiene pessoal e foi para o quarto compartilhado. Realmente não seria bom trocar um perigo por outro, então ela largou a sacola na cama e foi até a sala avisar o marido sobre o novo arranjo.

Ela enfiou a cabeça na sala de estar. Severus sentou-se em sua poltrona habitual perto da lareira. Dois livros flutuavam diante dele enquanto ele rabiscava notas em um pergaminho.

Hermione parou no lado oposto do sofá. — No interesse de não estragar tudo e você vindo me enfeitiçar, vou usar seu banheiro de agora em diante.

Ele fez uma careta para ela, mais do tipo 'por que estamos discutindo seus hábitos de banheiro' do que 'você é uma sabe-tudo insuportável'.

— Isso é uma piada?

— Por que eu tomaria banho onde as irmãs Greengrass vão me azarar quando eu poderia tomar banho aqui? — ela perguntou. Ela apontou de volta para o banheiro. — Você vai me enfeitiçar enquanto estou no chuveiro?

— Eu não tinha planejado isso. — O mesmo olhar de confusão real lutava com o desgosto real.

— Bem, aí está você, então.

Ele aperfeiçoou uma carranca que dizia 'você é mais burra que um troll' e isso fez Hermione ver vermelho.

— Ron teve que memorizar a programação de todos para garantir oito minutos sozinho no chuveiro do monitor. E isso nem importou - alguém cortou sua perna hoje! No banheiro do monitor!

— Eu não disse não —, disse ele, com o rosto impassível. Ambos sabiam que ela queria dizer que um monitor da Sonserina o havia atacado.

Hermione cruzou os braços. — Eu sei que há pessoas por aí – seus negócios estão sendo incendiados ou seus filhos estão sendo sequestrados, e estou aqui reclamando de um banho.

— Você também pode ser sequestrada — Um pouco de preocupação foi enviada para ela e ele ainda estava com os lábios curvados como se alguém lhe tivesse enviado uma bomba de esterco.

Ela zombou. — Pelas irmãs Greengrass? Provavelmente não.

Agora ele deu a ela a Condescendência Duvidosa – Modo Não Divertido.

— Você acha que as duas poderiam me tirar desta escola? — ela desafiou.

Severus retomou a leitura. — Cada uma delas recebeu a mesma nota que você em Defesa —, foi tudo o que ele disse.

— Sim, e não perdi pontos por levantar a mão muitas vezes? — ela lembrou.

Seus olhos negros se voltaram para ela novamente. — Elas também me irritaram.

Hermione riu. Ao se virar, ela disse: — Não se esqueça, não me azare.

.

Severus esfregou o rosto com as duas mãos. O chuveiro começou no outro quarto.

Era impossível não imaginá-la nua debaixo d'água. Ele forçou sua mente a permanecer casta.

Ambos foram meticulosos em estar totalmente vestidos quando o outro pudesse ver. Mas nenhum deles dormia de túnica ou uniforme. As camisas com as quais ela dormia eram camisas roxas violentas dos produtos Weasley ou camisetas de quadribol da Grifinória, ele mesmo usava camisetas pretas.

Hermione ficou desconfortável quando pôde ver sua Marca Negra. Ele tentou estar atento.

Suas pernas nuas apareceram em sua cabeça. Se não fossem as pernas nuas dela contra ele à noite, quando fazia frio, era o cabelo dela invadindo o travesseiro dele. Ela cheirava a café e baunilha, quando não cheirava a um dia no laboratório de poções.

E era embaraçoso quantas vezes ele se encontrava com os olhos voltados para o traseiro dela. Ele se repreendeu por ser fraco.