53. Check-in

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Minerva sentou-se em seu assento transfigurado. — Então. — Ela fez um campanário com as pontas dos dedos, muito parecido com a imagem de Albus Dumbledore. — Como vocês dois estão se saindo?

Foi ingênuo pensar que Minerva iria querer discutir qualquer outra coisa neste Dia dos Namorados.

Ele continuou a corrigir questionários. — Não é da sua conta.

— Ah, mas é — disse ela, com um sorriso predatório. — Eu sou o chefe da casa dela. É exatamente da minha conta saber se os assuntos familiares dela podem afetar seu trabalho escolar.

— Ela reclamou com você? — ele reclamou. Se ela fizesse isso, ninguém a culparia.

—Não. Ela não mencionou você. Mas eu conheço você, Severus.

Severus cruzou as pernas e os braços, pronto para o ataque.

Com um sorriso afiado, mas sem humor, ela explicou: — Eu conheço você com fome, e quando não há chá, e depois que a Sonserina perde uma partida. Por isso, pensei que provavelmente deveria verificar a situação, só para ter certeza.

— Se as notas dela foram prejudicadas, é porque ela se recusa a entregar o trabalho de Estudos dos Trouxas — Severus respondeu sem pausa. Ele colocou o teste finalizado na pilha Concluído.

Os lábios de Minerva se contraíram em uma linha de descontentamento. — Ela poderia abandonar aquela aula e ficar bem. Ela teve aulas mais do que suficientes no terceiro ano.

Agora que Severus queria discutir. — Você deu a ela um Vira-Tempo...

Minerva alisou a saia.

— Não foi? — ele terminou.

— Sim.

— Então é, em parte, culpa sua que ela seja casada.

— Ela já era um ano mais velha que a maioria dos outros alunos — disse Minerva, um pouco exasperada. Ela acenou com a mão entre eles. — Tudo isso era... inevitável, com ou sem o Vira-Tempo.

Isso explicava sua aparência atormentada e a fuga de Sirius Black. Severus se perguntou, mas nunca pensou que o Ministério abandonaria um Vira-Tempo.

Minerva suspirou. —Ela veio falar sobre seus pais hoje.

Severus não disse nada.

— Tonks vai verificar a casa deles em Londres. Alguém invadiu.

— E daí? — Eles não estavam lá.

— Alguma ideia?

Ele não entendeu. — Sobre quem invadiu a casa?

— Sobre como manter as pessoas fora.

— Por que isso não é secreto?

Minerva deu de ombros. — E se os pais dela quiserem vender a casa, quando ela os encontrar novamente? Os Trouxas não poderiam ver.

Severus se recostou em sua cadeira. — Se Hermione quisesse a ajuda de um Comensal da Morte, ela mesma teria me pedido.

Minerva fez uma careta - um pouco astuta, um pouco envergonhada. — Talvez ela não saiba que você conhece a situação.

Ele absolutamente não iria se envolver nisso. Ele a viu zangada com Dung Fletcher e não precisava trazer aquela tempestade sobre sua própria cabeça.

— Eu presumi que você teria um livro que você... deixaria por aí — disse ela, com as mãos apontando para a sala de estar dele. —Você é o sorrateiro aqui, Severus, não eu.

— Um feitiço das Trevas para proteger sua casa trouxa. Isso soa exatamente como sua xícara de chá.

Os lábios de Minerva se curvaram novamente. Ela se levantou da cadeira. — Pense nisso e volte para mim.

Ao fechar a porta atrás dela, Severus pensou no conjunto perfeito de feitiços. Os testes perderam seu interesse.

A cabeça de Hermione levantou-se do livro quando ele entrou na sala de estar.

Severus pegou um livro da estante mais próxima da porta. Com a página aberta na página correta, ele se virou.

Hermione ficou cética quando ele caminhou em sua direção.

Ele ofereceu-lhe o livro. — Minerva me contou sobre seus pais meses atrás. Fale sobre isso com ela.

Desnorteada, com base no quão aberta sua boca estava, ela aceitou o livro de feitiços.

Ele voltou para os testes. Esse foi o seu ato marital durante a semana.

— Espere um minuto!

Aí vem o discurso sobre magia negra.

— Como você sabe que isso funciona?

Essa pergunta o pegou um pouco desprevenido. Ele girou para encará-la mais uma vez. — É uma especialidade da família Malfoy. Funciona — ele assegurou a ela.

Com isso, ele pensou que ela poderia deixar cair o livro. — Então, e se os trouxas tentarem invadir?

Severus se aproximou para virar a página.

— E isso definitivamente não vai matá-los? — ela importunou.

— Matar trouxas sempre foi desaprovado — disse ele.

— Sim, os Malfoys são conhecidos por seguirem as regras — ela zombou. — Onde você conseguiu isso?

— Narcissa Malfoy. Black, na época.

— Ah, então você e a Sra. Malfoy tiveram um caso — ela disse, tão prosaica que Severus foi pressionado a acreditar no contrário.

— Sim. Um caso em que eu fazia todos os trabalhos escolares de Narcissa e no final de cada semestre ela me comprava qualquer livro que eu quisesse.

Ambos se viraram para olhar a fileira de cima da estante onde ele havia selecionado o livro. Eram os livros mais sofisticados e geralmente os mais pesados ​​da sala.

— Parece um bom negócio — disse ela, contemplativa, ao voltar para o sofá, com os olhos já voltados para o livro.

Lives Intertwined | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora