102. O ano eleitoral

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Quatro horas atrás, Severus, Hermione e Marcus escoltaram Bianca até a estação King's Cross. Bianca levantou-se, lavou-se e vestiu-se antes do resto da família, sentada placidamente na cama, como se o círculo no tapete não tivesse sido causado pelo seu andar. Eles saíram do castelo, desaparataram para um beco e entraram em King's Cross como muitas outras famílias bruxas a mando de Bianca. Ela queria andar de trem como todo mundo.

Marcus sentou-se em cima do baú de Bianca cheio de tudo que ela precisaria para o internato, insistindo que ela "não iria para a torre do diretor por qualquer motivo".

Bianca e Severus empurraram o carrinho cada um, Severus mais do que Bianca porque ela era uma coisinha, e eles atravessaram a barreira, Bianca com o queixo erguido e nem um pouco preocupada, pelo que qualquer espectador poderia dizer.

Potter e Ginny estavam do outro lado da barreira, certificando-se de que James estava pronto para entrar no trem. Bianca dirigiu o carrinho em sua direção.

Os Potter ficaram um pouco surpresos ao vê-los, mas trocaram abraços mesmo assim.

— Vamos! — James disse, usando toda a sua força para empurrar o carrinho até a porta mais próxima.

Severus acenou com a mão, os pertences de Bianca flutuando ao seu lado. Ela sorriu amplamente e saltou na frente de James, que lutava contra o peso do porta-malas e a roda dianteira desalinhada do carrinho.

— Então — Potter disse. — Lufa-Lufa?

— O professor Macmillan só poderia esperar ter tanta sorte — Severus retrucou brevemente.

Hermione balançou a cabeça.

— Lembra como ela fez toda aquela apresentação sobre por que deveríamos comprar outro gato depois que Bichento faleceu? Dentro de um mês, ela fez Marcus limpar todos os esqueletos de ratos de alguma forma. — Ela colocou o braço em volta da cintura de Severus. — Não, ela será uma Sonserina.

— Talvez ela tenha aprendido a ser persuasiva com você, futura sra. Ministra — Ginny disse. — O debate da semana passada ainda é tudo o que alguém no Profeta fala na hora do intervalo.

— Talvez ela tenha me visto praticando no espelho uma ou duas vezes — Hermione riu, transformando-se em uma gargalhada.

O apito do trem soou; crianças lutaram para descer do trem antes que o condutor fechasse cada porta. Os Potter levantaram os braços em um aceno. Hermione chorou um pouco, acenando para Bianca sem o braço em volta de Severus.

— Ela disse que não irá até a torre, já que não seria justo com todas as outras crianças — Hermione disse apesar de todo o barulho.

Ginny se aproximou para ser ouvida.

— Nah, ela só não quer divulgar que é filha do diretor. Não tem nada a ver com você.

Hermione assentiu, os três ainda acenando enquanto o trem começava a se afastar.

— Eu sei disso. Não significa que não vai parecer que ela está a um mundo de distância, sabe?

Bianca normalmente era reservada e equilibrada para sua idade. Mas quando o trem começou a se mover, ela colocou o braço inteiro, depois a cabeça para fora da janela e acenou loucamente, como se fosse ficar fora por meses, em vez de morar a apenas algumas centenas de metros de distância dos pais, caso precisasse deles.

Severus levantou a mão também, Hermione toda chorosa ao seu lado.

— Tudo bem, estou no Beco Diagonal hoje, então não vou encontrar você para almoçar — Harry disse a Hermione. — Mas me avise se eu precisar que alguém seja designado para você. Não gosto do som de algumas daquelas cartas que você tem recebido ultimamente.

Lives Intertwined | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora