Lives Intertwined | Sevmione

54. Retiro

Harry, Ron e Hermione caminharam até a DCAT. No caminho, Harry mencionou seus sonhos.

— Sonhei com Voldemort importunando Gregorovitch de novo. Algo sobre um cara roubando dele.

— De Voldemort? — perguntou Ron.

— Não, Gregorovitch. Décadas atrás.

— Provavelmente roubando uma varinha dele. — Ron colocou sua bolsa mais alta no ombro. — Krum disse que ele tinha uma varinha de Gregorovitch, certo?

Hermione assentiu com a cabeça. — Vou ver o que consigo descobrir.

Fazia sentido. As varinhas dele e de Harry se anulavam mutuamente. Hermione refletiu sobre isso durante a aula, já que Carrow se esforçava em uma aula sobre maldições de sangue. O charlatão acabou cedendo e começou a ler o livro em voz alta.

— Perda de tempo — murmurou Harry. O dever de casa deles era ler aquele mesmo capítulo.

Ron leu o Profeta mal escondido em seu livro didático. Ele o passou para Hermione e Harry lerem.

— Um tabu? — Harry sussurrou. — O que isso quer dizer?

— Ele dispara um alarme se for usado — contou Hermione. — Presumo que os Ladrões serão alertados se alguém disser o nome dele.

Ron revirou os olhos. — O cara é um maníaco, sim. Ele está matando as pessoas se elas disserem... o nome dele.

Voldemort não queria que as pessoas dissessem seu nome? Hermione não tinha ideia do que Voldemort queria - ser adorado ou não?

Basicamente, todos haviam reempacotado seus cadernos uns bons dez minutos antes de o sino tocar. Um minuto antes de ele tocar, Carrow se dirigiu à porta.

— Tenho que dizer que todos vocês estão se descuidando ultimamente. Nenhum de vocês fez anotações hoje.

— Nada para escrever — reclamou Ron em voz baixa.

Carrow encostou a mão na porta. — E estou começando a achar que todos vocês não têm respeito.

Neville deu um grande suspiro na fileira atrás de Hermione.

— No final de cada aula, — disse Carrow, — todos vocês dirão: 'Obrigado, professor Carrow'.

As pessoas trocaram olhares confusos sob suas pilhas de livros, inclusive Malfoy e sua turma.

— Por que estamos lhe agradecendo? — perguntou Seamus com a mão levantada.

— Certamente não é por um trabalho bem feito — Harry murmurou para Ron.

Amycus mostrou a eles sua versão do sorriso encantador. Isso o fez parecer um lobo à espreita. — Por não ter usado um Imperdoável em vocês — disse ele.

Os suspiros se espalharam pela sala. Um calafrio começou na base da espinha de Hermione e subiu até o crânio.

— Se eu usar um, é claro, você não precisa me agradecer — disse ele com uma risada ofegante. Ele olhou diretamente para Hermione.

Ela se esforçou para manter o rosto em branco. O sino tocou. Ninguém se mexeu.

— Agora saiam.

Alguns Sonserinos tiveram a coragem de passar por ele até a porta. Antes que pudessem sair, Carrow disse: — Ah ah ah — com um dedo levantado.

Todos os alunos trocaram olhares desconfortáveis.

— Obrigado, professor Carrow — murmuraram em uníssono.