57. Fugir

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Harry rugiu: — Seu desgraçado! — e tirou a varinha do bolso de trás da calça.

Hermione se jogou no braço dele. — Harry, não!

— Você o matou, não foi? — Harry exigiu.

Severus se voltou para eles. Parecia atordoado. Até que seus olhos se concentraram em Harry com uma careta.

— Vocês três precisam ir embora.

— O que é isso? — perguntou Ron. Até sua voz estava tingida de verde.

As mãos de Hermione pularam para cobrir sua boca. Era um vestido e o que parecia ser pele.

— Essa é Bathilda Bagshot? — Suas mãos abafaram o tom agudo de sua voz.

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Rodolphus havia matado e esfolado Bagshot. Severus apertou a ponta do nariz.

Potter tremia ao lado de Hermione.

— Vão! — gritou o professor.

— Para onde? — perguntou Weasley. Ele não sabia para onde olhar - para qualquer lugar, exceto para o antigo diretor da escola.

— Não quero saber. Não me digam onde — ele esbravejou. — Todos vocês.

Potter se lançou para a frente novamente. Weasley o agarrou pela parte de trás do moletom.

— Se o Lorde das Trevas vier me visitar, eu não poderei impedi-lo. — Sua voz se tornou aguda.

Weasley arrastou Potter para fora da sala, insistindo para que se apressassem.

— Por que? — sussurrou Hermione.

— Ninguém vai se surpreender com o fato de um velho doente ter finalmente morrido. — A própria mão de Severus tremeu.

— Eu vi — disse Hermione. Sua voz ficou trêmula no final. — O verde.

Fawkes aterrissou no encosto da cadeira de Albus.

Quase quieto demais para Hermione ouvir, Severus sussurrou: — Era o que ele queria.

Hermione se afastou. — Oh, meu Deus — disse ela. — Você o matou.

Fawkes chorou.

.

Passou-se uma eternidade até que Severus lentamente virou a cabeça para ela. Seus olhos lembravam a fumaça negra que saía de uma fogueira.

Ela havia acreditado - acreditado que ele estava do lado deles. Dumbledore havia acreditado.

Severus estava obcecado em preparar dezenas de diferentes poções antiveneno e fortalecedoras - ele passava fins de semana inteiros tentando curar a mão de Dumbledore. Eles estavam no laboratório, juntos.

— Vá — ordenou Severus.

— Onde está Bathilda Bagshot? — As lágrimas ardiam nas bordas de seus olhos.

Os olhos de Severus se voltaram para a pilha de destroços diante da porta do escritório.

— O que aconteceu com ela?

A massa de estranhos instrumentos de prata de Dumbledore tilintou no cotovelo de Hermione.

— O que aconteceu com ela? — exigiu Hermione, erguendo a varinha e apontando para o peito de Severus.

— A cobra. — Ela ficou presa na garganta de Severus. — Ela o mordeu.

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Hermione olhou para o corpo do diretor. As lágrimas escorriam por seu rosto. Severus achava que ela não estava ciente delas; sua mira não vacilava.

Lives Intertwined | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora