Thirteenth Chapter

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"A melhor lição que você aprenderá sobre amar é ser amado"
Moulin Rouge

LUCIANO

Fala dindo. — Peço a Tiago, que apenas me olhou sério, e fez um barulho com a boca. — Viu só, ele falou.

— Luciano, ele só tem três meses. — Cacua murmurou, enquanto fazia a mamadeira do garotinho em meu colo. — Ainda não pode falar.

Dei de ombros, dando atenção ao bebê que brincava com as próprias mãos. Nunca gostei da ideia de ter um bebê, ser pai era sempre um assunto de muito peso pra mim, já que nunca quis ser um. Meu pai era o meu herói, ele foi ótimo comigo e com meus irmãos, em contra partida, péssimo com a minha mãe.

Não que isso significasse que comigo também seria assim, mas eu só não queria ser. Muita responsabilidade e muito estresse, era uma decisão minha. Coisa que a minha recente ex-namorado não entendia.

Porem, desde que conheci a Cris, só consigo pensar no nosso futuro, dando continuidade e entrando em um relacionamento serio, seguindo caminho para ter uma família de verdade, com filhos e cachorros.

— Deixa eu alimentar esse gordinho. — A dona dos meus pensamentos disse, dando um beijo leve em minha bochecha.

Quando chegamos na casa de Lírio, foi uma alegria só de poder ver o nosso afilhado, então achei que estávamos bem, mesmo que aquilo do ex dela ter me deixado um pouco inseguro, só que depois que eles saíram, Cris se fechou e ficou seria a maioria do tempo, ficou distante e não me respondia direito.

Era só eu a questionar ou puxar qualquer assunto, que ela apenas murmurava algumas coisas e logo saia do recinto. Aquilo sem dúvida alguma, me incomodava.

— Cacau? — Chamo, vendo seus olhos curiosos se direcionarem a mim, já editando que eu dissesse algo. — Estamos bem?

— E porque não estaríamos? — Franziu o cenho, inclinando um pouco a cabeça. Desci o olhar ao seu colo, vendo Tiago também me encarar.

— Sei lá, você está dando respostas curtas e agindo estranho desde que chegamos. — Respondo, me aproximando mais dela e a vendo sorrir.

— Estou com dor na coluna, carreguei várias caixas hoje e me lembre de nunca mais fazer isso. — Pediu, beijando minha bochecha em seguida. O bebê em seu colo resmungou pelo beijo, fazendo com que nos dois sorríssemos. — Ciúmes é?

Ele sorriu, deixando um pouco de leite sair pelo canto da boca, o que Cris tratou de limpar de imediato.

— Eu sei fazer massagem se você quiser. — Sugeri, retirando um cacho da frente de seu rosto, dando um sorriso malicioso. — Com a boca e com as mãos. — Sussurrei, a vendo arrepiar.

— Luciano, prometemos ir devagar. — Ele disse, fechando os olhos e apressando da sensação, que agora meus lábios causavam em seu pescoço, com beijão sem pressa alguma.

— Podemos ir devagar quanto transamos, também. — Dei de ombros, a ouvindo rir um pouco sem jeito. Mordi o lóbulo da sua orelha, e puxei fundo seu perfume, a ouvindo arfar baixo.

— Tem uma criança quase dormindo em meu colo, Infinito. — Falou manhosa, em um tom meio decepcionado. — Fora que não estamos nem na minha e nem na sua casa. — Se afastou e fez um biquinho.

𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 & 𝐁𝐢𝐥𝐡𝐞𝐭𝐞𝐬 ━━ Luciano NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora