Twenty-sixth Chapter

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"Antes de conhecer você, eu estava vivo apenas pela metade."
O duque e eu (Os Bridgertons 1)

LUCIANO

"Oi amor, bom dia.
Precisei sair mais cedo, terá um novo lançamento de uma das novas autoras da editora, e preciso estar lá antes do horário. Quando acordar, escova o dentinho e vai na cozinha, deixei café pronto pra você e separei sua roupa, viu que deixei o despertador no horário certo pra você não atrasar? Enfim, te espero às 11:00 em ponto. Beijo. NÃO SE ATRASA LUCIANO!!!"
𝓒

"Não se atrasa", era o que ela havia grifado de marca texto amarelo, após escrever em letras garrafais no bilhetinho que havia deixado antes de sair hoje pela manhã. Mas como sempre, eu havia me atrasado, já que decidi dormir mais cinco minuto — que se transformou em uma hora —, e quase não tive tempo de me arrumar.

Após o banho, vesti a roupa que ela havia escolhido, como vinha fazendo desde que voltamos de Buenos Aires e ela viu que uma blusa não havia combinado com um shorts que escolhi para ir a praia, passou o dia falando mal dele. Agora ela quem escolhia o que eu vestia, como estava praticamente morando aqui em casa, fazia isso quase todo dia.

Quando cheguei a rua da Livraria, vi que não tinha tantos carros para um lançamento de livro, mas ignorei, talvez eu estivesse bem mais atrasado que o normal.

— Ela vai me matar. — Murmuro, estacionando o carro em uma vaga em frente a floricultura, os e sempre costumava deixar quando ia vê-la rapidinho durante o almoço.

Antes de descer do carro, abri o porta luvas, verificando se o par de alianças dourado ainda estava dentro da caixinha preta, sorri ao ver que ela permanecia no mesmo lugar. Comprei para pedir Cris em namoro no Natal, mas fiz o favor de esquecer no carro no dia anterior a viagem.

Rezei mentalmente para não estar tão atrasado e sim adiantado, e atravessei a rua após olhar os dois lados, guardando as chaves do carro no bolso de frente da calça jeans preta que Cacau escolheu. A blusa azul marinho havia combinado combinado bem, mas eu acho que colocaria uma preta básica no lugar.

O sininho da porta, anunciou minha entrada e várias das pessoas — que não eram poucas — viraram o rosto quase que automaticamente para me ver.

— Lulu, você chegou. — Ouvi a voz conhecida, e logo Leila apareceu na minha frente com os braços estendidos para um abraço e um largo sorriso, que logo retribuiu. — Atrasado, mas chegou.

— Me diz que ela não está de mal humor pelo meu atraso. — Peço e ela nega com a cabeça ao nos afastar, ainda com um sorriso simpático no rosto.

— Ela está só terminando de organizar a mesa dos autógrafos, não sabíamos que dariam tantas leitoras femininas. — Respondeu, e antes que eu perguntasse onde estava a mesa dos autógrafos, ela se afastou rapidamente, para socorrer uma nova funcionária que ainda não decorei o nome.

Peguei uma taça com champanhe que estava sendo servido, por garçons que se espalhavam pelo salão da livraria. Senti alguém esbarrando em mim e ao virar-me para ver de quem se tratava, dei de cara com Igor, que me olhou um pouco assustado.

— Igor? — Falo incrédulo de o ver ali, em um lançamento dedicado ao público feminino, pra falar a verdade, eu só estava ali porque Cris havia me convocado. — Não sabia que gostava de literatura feminista. — Cruzo os braços.

— Pois é, Leila me convidou. — Respondeu, forçando um sorriso amarelo e o que me fez erguer as sobrancelhas em surpresa.

— Então quer dizer, que os sites de fofoca, estão certos? — Indago e o vejo ficar vermelho como pimentão.

— Não é bem assim...

— Igor, te achei. — Leila voltou, abraçando o braço dele e lhe dando uma bitoca na bochecha, em seguida me olhou e sorriu outra vez. — A Cris está te esperando no escritório.

— Ah, obrigada. — Digo, não contando o sorriso convencido ao olhar para os dois. — Com licença, casal.

Antes de receber alguma resposta, me direcionei entre as pessoas, em busca da minha amada. Ao entrar no escritório, lembrei da primeira vez que havia vindo, buscar uns papéis para a Lírio — que me tratava como escrevo, após o batismo do Tiago — e a vi, sentada na mesa e digitando algo super importante em seu computador.

— Continua linda, sabia? — Falo, chamando sua atenção e a vendo sorrir assim que nossos olhos se cruzaram, fechei a porta e caminhei até ela. Cacau vestia um vestido colado e curto azul, que marcava bem sua cintura e quadril.

— Oi meu amor. — Disse, retirando os saltos do pé e também andando em minha direção, me dando um abraço receptivo. — Você está atrasado. — Fechei os olhos com força, ouvindo sua risada e sentindo-me ser puxado para um selinho breve, elevei minhas mãos a sua cintura e a puxei para mais perto.

— Desculpa. — Digo quando nos afastamos. — Eram pra ser só mais cinco minutos, mas...

— Nunca é cinco minutos, Luciano. — Resmungou, aparentemente brava o que fez formar um biquinho em seus lábios, aproveitei e roubei outro beijinho.

Ela mesma aprofundou o mesmo, pedindo passagem com a língua e logo entrando em contato com a minha, fazendo um arrepio tomar conta do meu corpo no mesmo segundo. Minhas mãos, que antes estavam em sua cintura, subiram pelo seu vestido justo, trilhando o caminho em direção ao seu zíper, o puxando para baixo.

— Espera um pouco. — Cris pediu um pouco ofegante, quebrando o beijo antes que eu terminasse de arrancar sua roupa. — Tem gente lá fora. — Sussurrou, me olhando com os olhos castanhos mais lindos que já havia visto em toda a minha vida.

— É só não fazer barulho. — Digo, tentando voltar a beija-la, mas ela desviou o rosto.

— Porque não deixamos todo mundo sair? — Sugeriu. — A sessão já vai acabar, até porque tem horário de almoço e nós fechamos nesse horário.

Cris passou a brincar com os botões da minha camisa enquanto falava, desci o olhar para lá e inclinei levemente a cabeça, tendo melhor visão do seu rosto que estava levemente maquiado, não era notável, ao menos que visse de perto. O perfume que usava, era um dos meus, a qual ela era viciada.

— Beleza, então nós vamos ser o almoço? — Questiono, e ela assentiu. — E de sobremesa?

— Tem creme de maracujá que eu fiz hoje de manhã, se você quiser, está na copa. — Respondeu, virando de costas para que eu fechasse seu zíper aberto. — Só não come tudo, porque você é muito guloso com doce.

Antes de o fazer, deixei um beijo em sua coluna, bem próximo a nuca desnuda pelo cabelo preso, e a vi se arrepiar com o simples toque. Após devidamente arrumada, desci as mãos pela lateral deu seu corpo, levando-as para sua barriga, a colando em mim.

— Eu vou adorar provar seu creme. — Sussurro em seu ouvido, a ouvindo arfar. — E não estou falando do de Maracujá. — Mordi o lóbulo da sua orelha.

— Isso é covardia, amor. — Respondeu no mesmo tom de voz, porém de forma um pouco sofrida, segurando minha mão e a descendo mais, para a barra do vestido que terminava nas coxas.

— Você tem um lançamento para terminar, e seu relógio tá correndo. — Digo, puxando minha mão de volta. — Tic-Tac.

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piuí tic tac

𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 & 𝐁𝐢𝐥𝐡𝐞𝐭𝐞𝐬 ━━ Luciano NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora