Preface

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"Eu não sou louco.
É só a minha realidade que
é diferente da sua"
Alice No Pais das Maravilhas

CRIS

As pessoas conversavam animadamente, enquanto eu estava sentada em uma das mesas afastada da livraria que agora era minha também. Quando Lírio abriu a editora com seu nome, pós meu nome como escritora chefe e abriu um lugar só para que eu escrevesse na livraria e também na editora.

Lá ela lançaria meus livros e os que já foram lançados, foram rescritos e posto com o nome da nova editora. Agora, a livraria de frente a floricultura, era meu espaço e chamego, e a festa de inauguração seguia a todo vapor e animação. Mas o foco di meu coração era outro.

A imagem de Luciano sorrindo, me fazendo notar as covinhas que ele tinha nas bochechas — e também que estava me encantando —, que somente apreciam quando ele sorria. Não saia da minha cabeça, nem por reza. O homem conseguia ser mais encantador pessoalmente do que nas fotos que eu fiz questão de stalkear desde o dia que o conheci.

Rigoni foi um ótimo cupido, já que nos apresentou no dia do batismo de Tiago, e disse que ele seria nosso afilhado individualmente e aí sim, nos mostrou um sou outro.

Jamais esqueceria no som no meu nome em sua voz grave, e o arrepio que senti ao toque de nossas mãos, fora o frio na barriga. Puts! Eu estava mesmo encantada por ele.

Nunca havia me sentido assim por ninguém, e sabia que jamais sentiria. A forma que meu peito acelerava com apenas uma troca de olhar e minhas pernas perdiam a força, era único.

E foi por isso que decidi, começar a lhe mandar bilhetes.

LUCIANO

Os meus olhos estavam fixos no campo de futebol, enquanto observava o jogo do banco da área vip, já que não estava jogando graças a um machucado no tornozelo que na estava melhorando.

Mesmo que eu ficasse meu olhos ali, minha mente permanecia nela. Cris tinha detalhes que não saia da minha mente nem com reza, já que os cachos, pele e olhar eram tão hipnotizantes que me prendiam com facilidade e olha que nunca fui de me apaixonar assim, sem ao menos beijar ou ter uma noite junto. Mas com ela era diferente, ela era uma mulher diferente, não era rasa como as outras ela minha profundidade, tinha papo bom e tinha uma conversa bacana.

Lembrava perfeitamente do que senti ao cumprimenta-la no dia que aconteceu pessoalmente, meu corpo inteiro arrepiou e foi impossível negar que foi recíproco já que olhamos fixamente um pro outro nos olhos. As palavras de Rigoni, eram tão recentes que parecia que havia sido ontem.

— Luciano, está é Cris a melhor amiga da Lírio. — Meu melhor amigo disse, me apresentando uma mulher morena dos cabelos bem cacheados.

— É um prazer, Cris. — Digo, estendendo a mão para cumprimentá-la, que sorriu simpática.

— O prazer é meu. — Respondeu e apertou minha mão, causando um arrepio e me fazendo olhá-la assustado pelo arrepio e frio ao pé da barriga que senti.

E foi nesse dia que me apaixonei por ela, onde ela lançou meu coração e me teve na mãos. Foi quanto também decidi começar a lhe mandar bilhetes.

Abri um caixa postal com o seu nome no correio e lhe enviei o primeiro, informando-a por um número privado que foi respondido, quase que no mesmo instante, como se ela já estivesse esperando por algo meu.


L
abri uma caixa postal em seu nome
e lá deixei uma coisa pra você
espero mesmo que goste.

C
estou ansiosa,
querido "desconhecido"

Quando no mesmo dia, fui de novo ao correio, ela já havia me respondido, fazendo meu coração bater mais forte e comigo tendo a certeza de que o amor acontece, pude sentir que ele aconteceu pra gente.

[...]

Quarta-feira, 15:30 da tarde

"Eu começaria com uma citação de um de seus livros favoritos, mas ainda não sei seu livro favorito, então te digo que talvez você
seja o meu favorito."
— 𝓛

*

Mesmo dia, 18:30 da noite

"Começou bem, mas meu livro favorito sempre será Alice no País das Maravilhas."
𝓒

**

𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 & 𝐁𝐢𝐥𝐡𝐞𝐭𝐞𝐬 ━━ Luciano NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora