𝐌𝐞𝐧𝐬𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 & 𝐁𝐢𝐥𝐡𝐞𝐭𝐞𝐬 ━━ Luciano Neves

Eighteenth Chapter

"O amor é intimidador: é mutável, pode acabar. Faz correr risco... mas não quero mais ter medo".
— Jenny Han

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LUCIANO

— A blusa azul é melhor. — Rigoni disse, quando dei uma volta para que ele visse a blusa que estava em meu corpo.

— Não gostei tanto daquela, prefiro essa. — Digo, baixando os ombros e olhando outra vez no espelho atrás do celular.

— Essa tá feia, troca! — Lírio quem falou desta vez, e bufei irritado. — Põe a azul mesmo.

Sai da frente do celular e peguei a blusa azul que eles disseram que havia ficado bom, a vestindo assim que retirei a outra. Olhei para o espelho e resmunguei por não ter gostado tanto da cor.

Não me lembrava da última vez que conheci os pais de uma namorada — só da minha ex —, que me fez sentir um nervosismo incomum. Talvez porque, tinha medo de dona Sida não gostar de mim e acabar achando que sou um péssimo futuro namorado para sua filha.

— Beleza, se essa não ficar boa eu vou sem roupa alguma. — Digo, me pondo a frente deles outra vez, ainda não gostando da cor da blusa.

— A Cris vai adorar, porém dona Sida nao curtiria muito. — Lirio quem disse e Rigoni soltou uma gargalhada.

— Tchau. — Falo ao pegar o telefone e desligando a ligação, interrompendo o que ela falaria. — Chata. — Murmurei baixo, encarando o meu reflexo no espelho.

Me perfumei e peguei as chaves do carro, desliguei as luzes do quarto e antes de sair, sei uma última olhada no espelho, conferindo a roupa. Desci as escadas e avistei Marta — a moça que organiza minha casa, sem ela eu basicamente não viveria —, me aproximei e sorri quando ela me olhou.

— Vou jantar na casa da Cris, e talvez dormir por lá. — Aviso, pondo a carteira e celular no bolso. — Quer carona até em casa?

— Não precisa, e bom jantar. — Respondeu, com um sorriso simpático. — Se cuide e não tenha um bebê.

— Relaxa, não vai ser agora que vai ter netinhos. — Brinco e me aproximo mais, lhe dando um beijinho na testa. — Seu filho vem te buscar?

— Sim, vamos buscar minha nora no aeroporto. — Disse. — Aliás, Cris é aquela que dormiu aqui dia desses, e que você não para de falar?

— Essa mesma. — Sorrio ao responder, já caminhando em direção a porta. — A mulher da minha vida Marta, eu vou casar com ela. Anota aí.

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CRIS

— Estou ansiosa para conhecer meu genro. — Disse minha mãe, terminando de por a mesa, enquanto eu ainda sorria boba para o bilhete que ele havia deixado pra mim no correio.

— Aposto que ele também está ansioso mãe. — Digo, sentando no sofá e encolhendo as pernas, observando a caligrafia de Luciano.

Desde que sai do correio hoje mais cedo, não conseguia parar de sorrir boba para o pedaço de papel, que eu guardava junto aos outros dentro de uma caixinha, embaixo das cobertas no guarda roupa.