Amor por Contrato {ITZY} Ryujin + Chaeryeong (HIATO)

Capítulo 14

CHAERYEONG

Abri os olhos lentamente e vi Jisung dormindo de costas para mim. Me aproximei, envolvendo meu braço em seu corpo e sentindo seu cheiro.

Me assusto quando em um movimento brusco ele se desprende do meu abraço e me empurra.

- Não encosta em mim. - disse, ainda deitado.

- Aconteceu alguma coisa? - sem resposta - Jisung, fala comigo!

- Me deixa dormir, porra! - gritou, se virando para me olhar

- Já são dez da manhã, vamos levantar. Fazer alguma coisa...

Ele senta na cama com raiva.

- Será que dá pra me deixar em paz? Eu não quero fazer nada! Só quero dormir.

Não é de hoje que Jisung tem essas mudanças de comportamento repentinas, mas sempre aguentei. As vezes sinto que ele não tem uma personalidade fixa.

Horas ele é "normal", outras ele é grudento demais, e então de repente ele não quer que ninguém encoste nele.

Juro que já fiz de tudo pra entender, mas não consigo. Essas mudanças me machucam muito, mas eu dou o meu melhor todos os dias para que ele não continue assim.

Eu não sei se é minha culpa, mas ele sempre dá a entender que sim. Eu sempre me sinto um lixo por causa disso, mas no fundo eu nunca sei o que fiz para que ele ficasse irritado comigo.

Eu não estava afim de me estressar, então apenas saí do quarto e fui preparar meu café da manhã. Na geladeira não havia muita coisa, então me virei com o que tinha.

Alguns minutos depois, com a refeição já pronta, Han aparece na cozinha e senta-se à mesa, mexendo no celular.

Coloquei tudo em cima do móvel e ele sequer levantou a cabeça para olhar. Continuou no celular.

Chego por trás dele e coloco minhas mãos sobre seus ombros, logo as deslizando pelo seu peitoral exposto pela abertura do roupão branco que usava. Aproximo minha cabeça para beijar seu pescoço e assim o faço.

Ele segura com força meu pulso direito, ao mesmo tempo que joga o celular na mesa.

— Han, me solta. Tá me machucando.

Ele aperta com mais força ainda e se levanta ainda com o meu pulso na mão, torcendo meu braço.

— Eu já pedi pra você não encostar em mim — disse entre os dentes

— Tudo bem, tudo bem! — meus olhos já estavam se enchendo de lágrimas por conta da dor — Eu vou te deixar sozinho, mas me solta, por favor.

Assim ele faz, jogando meu braço bruscamente.

— Porque você é assim? O que eu fiz pra você? — falei alto.

— Você parece que nasceu grudada comigo, Chaeryeong. — revirou os olhos — Pra começar, eu não pedi pra você vir aqui me visitar. Você veio aqui só me atrapalhar!

— Eu não te entendo! Ontem mesmo estávamos falando sobre o quarto do bebê e hoje você começa a surtar por absolutamente nada! Esse seu jeito me machuca, sabia? Estou desgastada emocionalmente, achando que a culpa é sempre minha, quando na verdade você não passa de um idiota!