Perfeito(a) Para Mim.

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━⋆𝗞𝗶𝗺𝗯𝗲𝗿𝗹𝘆 𝗙𝗼𝘀𝘁𝗲𝗿⋆━

— Você sempre vem aqui aos sábados, achei que seria mais fácil te encontrar, já que você anda muito ocupada com seu novo amigo ou namorado, não sei. — Sinto uma pontada de ironia em sua voz.

— Não importa, o que quer falar? — Solto a respiração que nem percebi que estava prendendo.

— Podemos conversar calmamente, sem pressa. — Ele apoia a mão esquerda sobre meu ombro.

— Não tenho muito tempo, seja rápido e direto. — Retiro a mão do meu ombro.

— O que está acontecendo com você? — Ele não obtém resposta. — Sabe... parece que do nada tudo mudou. Eu soube que você estava apaixonada por mim, por que nunca me contou? — Ouço o som de seu suspiro.

— Do nada? Já percebeu que, na verdade, foi você que mudou? Você, Andrew, é um idiota estúpido! — Aponto o dedo indicador em sua direção. — Achei que você fosse meu amigo de verdade, mas me enganei completamente. Nossa amizade de anos foi jogada no lixo, por sua culpa. Eu te amei, e você foi um idiota o tempo todo, sabia disso e me fez quebrar a cara como se eu não significasse nada. Realmente, nunca significou nada para você. Eu não me importo mais com absolutamente nada do que vivemos. Se puder, suma da minha vida; será bem mais fácil para mim e para você também. — Recupero meu fôlego.

— Kim... — Vejo seus olhos cheios de água. — Eu nunca... nunca foi minha intenção. Eu só não sabia como reagir. Você é minha melhor amiga, achei que isso estivesse fora de cogitação. — Sussurra na última parte.

— Esse não é o problema. Você foi falso e me magoou da pior forma possível. Por favor, deixe-me ir e esqueça tudo isso. Corra para os braços da Bethany. — Meus olhos ardem.

— Mas e nossa amizade? — Ele me encara.

— Não existe mais nossa amizade. — Sussurro com a voz embargada e os olhos marejados.

— Você não pode estar falando sério. Não podemos estragar uma amizade de anos, Kim. — Sinto sua voz trêmula. Eu sei que ele está mal, mas não é mais o Andrew que conheço.

— Não podemos porque já estragou. Fique bem. Eu irei ficar bem também. — Saio com passos apressados.

Sinto a angústia passar pela minha garganta, liberando o pouco de ar que consigo puxar para meus pulmões. Dou o primeiro suspiro e as lágrimas descem como um rio sangrento. Eu ainda o amo.