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Onde estou? Onde disse que não iria? Caminho até a casa do meu ex-amigo. Não é longe, são apenas duas quadras de onde moro. Me encontro perdida em pensamentos frustrantes, só quero entender toda essa confusão com meus pais, mas a quem quero enganar? Também estou tão confusa quanto a mim mesma; são novos sentimentos e novos aspectos, e, por incrível que pareça, tenho um pouco de esperança em Deus. Se Deus se importa de verdade com todos, talvez não seja diferente comigo.
Sou interrompida dos meus pensamentos quando ouço a voz do garoto mais alto à minha frente, com um sorriso no rosto. Me pergunto se é verdadeiro ou apenas uma encenação.
— Kim, você veio. — Andrew abre os braços, pedindo um abraço. Meio confusa, dou um abraço sem jeito.
— Pois é. — Falo sem humor.
— Entra. — Ele abre a porta, dando espaço. Me arrependo cruelmente de ter vindo até aqui. Onde está meu juízo mesmo? — Então, eu... sinto muito por tudo, por tudo que causei. Nunca foi minha intenção, Kim. Eu sei que fui um péssimo amigo e um... — Interrompo.
— Idiota, babaca e... — Andrew me fita com seus olhos azuis.
— Eu sei, eu sei. Foi muito cruel. Só achei que assim seria a melhor forma de conquistar a Bethany, e eu não sabia que você gostava de mim. — Mordo os lábios para conter o nervosismo. — Mas não quero que tudo acabe dessa maneira. Você é minha melhor amiga, Kimberly. Eu sei que agi como um babaca e que talvez minhas palavras não resolvam nada. Podemos pelo menos tentar ser amigos de novo? — Vejo sinceridade em seus olhos; sei que ele não está mentindo, mas já fui tão machucada.
— Tudo bem. — Digo por fim, esfregando minhas mãos suadas sobre minha calça jeans azul-marinho.
— Eu te amo, garota. Não sabe o quanto senti sua falta. — Andrew me abraça com mais força desta vez, enquanto deposita um beijo na minha testa. Ruborizo com o ato, mas não deixo transparecer.
— Eu também. — Estaria mentindo se dissesse que ainda não o amo, mas que porcaria!
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