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Quando gostamos de alguém geralmente demonstramos o quanto amamos, mas eu? Não faço ideia de como isso deve ser feito, na maioria das vezes acho que não faço ideia de como demostrar o quanto amo meus familiares, amigos e até mesmo... isto não vem ao caso. É tão complicado quando nos fechamos ao ponto de não conseguir ao menos falar o quão importante essas pessoas são em nossas vidas.
E se eu estiver ficando louca? São pensamentos um tanto torturantes.
— Kimberly, precisamos conversar seriamente. — minha mãe abre a porta do quarto com o semblante sério de sempre.
— Sobre o que? — Fecho a caixa que seguro em mãos.
— Terei que te proibir de sair. — Arqueio a sobrancelha.
— O quê? E por quê? — Falho um pouco na voz.
— Não tem necessidade de ter uma religião, Kim. Você tem que focar nos seus estudos para se tornar a futura herdeira da empresa. Seu pai sentiria muito orgulho se o seguisse como futura chefe empresária. — Sorrio em negação.
— Não irei me tornar empresária, e também não vou deixar de ir a igreja, não é sobre religião é sobre amar a Deus como ele me ama. — Ponho a caixa em cima da estante e caminho até a janela.
— Já está avisada, não irei tolerar uma crentezinha na minha casa. Para com essa besteira de amar a Deus, temos coisas mais importantes para tratar ao invéns de acreditar em meras religiões, é bom que fique longe do Vincent Small, isso é só mais um aviso... seu pai não vai gostar nada de saber que o motivo de estar indo para igreja é por causa de um garoto importuno. — aperto as mãos tentando conter a raiva.
— Está me chantageando? — Indago encarando-a.
— Leve como quiser. Eu só quero o seu bem querida. — Ela beija minha testa e sai trancando a porta.
Meu bem?
Como vai ser isso agora, Jesus?
[...]
— Kim? Kimberly Foster?! — Adam estrala os dedos me tirando da nuvem de pensamentos que se forma em minha mente. — Está tudo bem? — Balanço a cabeça em afirmação.
— Acho que... estou apenas cansada não dormi direito. — não minto, porém não estou afim de dizer o que está se passando.
— Oi pessoal! — Chloé senta, a nossa frente carregando uma pequena pasta. — Que cara de enterro é essa? Vocês estão bem? Souberam que vai ter baile de outono? — a encaro perplexa, nunca vi uma pessoa falar tão rápido em minha vida. Ela batuca os dedos sobre a mesa sem graça.
— Eu estou bem, não sei se ela está. — Adam aponta em minha direção, apenas olho de soslaio.
— Vai ter baile de outono? Ótimo, não irei mais uma vez. — Apoio a cabeça sobre minha mão.
— Por que não? — O garoto ao meu lado me fita com seus olhos.
— Não gosto, e definitivamente não tenho par. A última vez que fui, Andrew, me deixou plantada esperando por ele que não veio me buscar. — Faço uma careta ao me lembrar desse trágico dia.
— O que aconteceu? — Chloé parece curiosa.
— Ele saiu para uma balada com os amigos, ficou bêbado e bom... esqueceu que iríamos juntos ao baile. — Suspiro pesadamente.
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