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Ao final do dia, os escolhidos deviam ir buscar os aparelhos. Acabei deixando para ir por último.

— Como eu queria essa oportunidade para mim. — Lilian murmura, ao ver Megan abrir a caixa do celular. — Aproveite, Emma.

— Irei. É uma ajuda e tanto.

Assim que Joana sai da sala do nosso chefe, eu vou até lá e ele logo me entrega o celular.

— Isso aqui ocorre da seguinte forma: quando alguém ligar para cá, a mensagem eletrônica dará esse número de celular. E assim que a pessoa digitar esse número, terá que digitar um número de um a cinco, o que direcionará a uma de vocês. O seu número é o cinco, por ter sido a última a vir aqui. Alguma dúvida?

— A questão das cem libras... eu preciso fazer um certo número de ligações ou...?

— Não, querida. Apenas por estar nessa função, você já ganha. Mas não ache que não estaremos monitorando se seu aparelho recebe ou não ligações.

— Tudo bem... eu irei trabalhar direitinho, como sempre fiz.

— Não tenho dúvidas. Agora me deixe sozinho que preciso fazer uma ligação.

Sem que ele precise falar duas vezes, saio de sua sala e me encontro com Lilian para irmos embora.

— Eu estou tão cansada. — diz Lilian, esticando os braços.

— É... eu estou com fome também.

— Quer sair para comer algo?

Já no elevador, a olho de lado.

— Melhor não. — digo. — Passei a noite e o dia todo fora de casa, então estou cansada. Vou apenas tomar um banho e dormir.

— Ah, sim.

Lilian apenas suspira e não insiste.

Eu estava disposta a ir na gravação do filme no dia seguinte e precisava de preparação mental para àquilo.

Nós nos despedimos quando eu desço para pegar o metrô e ela segue na rua sem fim. Sentada em um dos bancos, eu encaro o escuro do lado de fora da janela.

Quando chego em casa, solto a bolsa ao lado da porta e retiro os sapatos. Antes que pudesse fazer qualquer coisa, um toque de telefone diferente, vem da bolsa. Reviro os olhos e começo a me arrepender de ter aceitado aquele trabalho extra.

— Time for sex, nosso prazer é te dar prazer.

[John]

— Entra aí, irmãozinho. Não te vejo desde a festa.

Dominic deixa a porta aberta e eu entro em seu apartamento, fechando-a em seguida.

— É. Eu sei. — respondo, indo até ele. — Estive um pouco ocupado.

— Quem é ela? É amiga daquela menina que vomitou em mim?

Reprimo o riso.

— É. Ela mesma. — Dom me entrega uma cerveja já aberta e eu bebo um gole. — Emma. Ela é tão...

— Ah, John... vai começar mais uma vez?

— O que?

— Você e essa sua mania de se apegar a primeira garota que conhece. Será que não aprendeu nada com as que passaram?

Suspiro ao mesmo tempo que reviro os olhos.

— Dom, ela é não é como as outras.

— Você falou essa mesma coisa sobre a estudante lá. — meu irmão joga as pernas por cima da mesa de centro e mexe no celular. — Daqui a pouco você transforma mais uma menina em influencer.

Hotline BlingOnde histórias criam vida. Descubra agora