A grande maioria dos dias em Malibu, eram quentes e ensolarados. Raramente uma chuva caia, deixando tudo cinza e frio.
No meio do caminho para encontrar John, uma forte e pesada chuva cai. Ele liga dois minutos depois e eu já até imagino o assunto que vai tratar.
— Pensei que não chovesse aqui. — ele diz, assim que o atendo.
— Chove. Uma vez no ano, mas chove.
— E precisava chover justamente no último dia de gravação na praia? Cancelaram tudo! Agora estão comprando as passagens para voltarmos a Seattle hoje.
Me mexo desconfortavelmente no banco do Uber. Eu sabia que era o último dia de gravações, mas não que iriam embora de repente.
— Onde você está? — ele pergunta, visto que não respondi sua última fala.
— No carro. Estava indo encontrar você.
— Não está mais? O que mudou?
— Você. Indo embora agora.
— Ah. — John solta uma risada. Aquilo era música para os meus ouvidos. — Não vou embora agora. Nem sei se eles vão conseguir comprar as passagens para hoje.
— Entendi...
— Vem. — sussurra. — Estou no hotel. Esperando você.
John desliga a ligação e me deixa com cara de besta, olhando para o aparelho. Logo chega uma mensagem com um endereço. Peço para que o motorista mude de rota e em menos de cinco minutos chego no meu novo destino. Após pagar um valor a mais para o motorista, desço do carro e vou até a recepção.
— Olá, bom dia...
— Bom dia, senhorita. Em que posso ajudá-la?
— Eu... hmmm... John Davies. Quer dizer, em qual quarto John Davies está?
O homem me encara de cima a baixo e olha para o lado, apenas para soltar uma risadinha. Naquele momento eu cruzo os braços, já imaginando o que vinha a seguir.
— Querida, nós não podemos informar a nenhum fã, onde o senhor Davies ou qualquer outro ator está hospedado.
— Fã? Acha que se eu realmente fosse uma fã, teria essa cara de pau de vir até aqui e só perguntar o número do quarto dele?
— Se não é fã, é uma daquelas mulheres que só gosta de andar atrás de famoso. — ele se estica sobre o balcão e me encara de cima a baixo. — Esse vestidinho fino não vai chamar atenção dele para você.
Estava pronta para gritar e chamar aquele homem de todo nome feio possível, quando alguém toca em meu ombro. Viro-me e encaro a mulher que sorria para mim.
— Emma, não é? — pergunta, já esticando a mão para mim. — Sou Melanie. Amiga do John.
— Ah... oi. — aperto a mão da mulher morena a minha frente, apenas por cordialidade. Não sabia qual era o nível de amizade que ela e John mantinham. — O John, ele...
— Eu sei. — ela encosta no balcão e dá duas batidas no mesmo. — Essa garota aqui — aponta para mim. — é simplesmente a namorada do John. Não é qualquer uma.
— Oh, eu...
Melanie revira os olhos para o atendente e volta sua atenção para mim.
— John está na cobertura. Quarto mil e três.
— Obrigada.
Sorrio para ela e me direciono para os elevadores, mas não sem antes desferir um olhar debochado para o atendente do outro lado do balcão.
Eu me sentia nervosa como nunca havia estado antes. O elevador parou na cobertura e eu caminhei até a porta mil e três. Limpo as mãos suadas no vestido e no mesmo instante a porta abre, mostrando-me John com uma toalha em volta da cintura e o cabelo molhado.
— Na hora certa.
— A Mel me avisou que você estava subindo. Vem, entra.
Entro no quarto perfeitamente arrumado e resmungo:
— A Mel? Linda ela.
John ri e eu o olho. Ele estava encostado na porta e me encarava com os braços cruzados e um sorriso de lado.
— Não como você.
— Sem essa, John.
Ele desencosta da porta e caminha lentamente até mim.
— Ela gosta da mesma coisa que eu. Sem contar que não tem ninguém nesse mundo que eu queira, além de você.
John agarra em minha mão e me puxa, colando nossos corpos com brutalidade. Sem desgrudar os olhos dos meus, ele passa os dedos pelas finas tiras do meu vestido e os desce, deixando meus seios expostos na mesma hora.
— Eu senti tanto a sua falta. — ele murmura, tocando os meus seios. — Tanto.
Ele não hesita em segurar meu peito e colocá-lo na boca. Arfo ao toque da língua dele em meu mamilo. Meu corpo inteiro se arrepia, com o abraço que ele deu em minha cintura, para me chupar com mais força.
— John... eu não aguento mais ficar longe de você. Por favor. — seguro em seu rosto e faço com que ele me olhe. — Me fode. Me fode como só você sabe fazer.
Os olhos azuis de John pegam fogo. Consigo ver um sorriso travesso se formar em seus lábios, antes que ele agarre em minha cintura mais uma vez e me vire para a mesa que tinha ali. Encosto a barriga na mesa e em segundos estou deitada na mesma.
John trata de retirar o meu vestido, juntamente da calcinha que eu ainda vestia. Olho-o de soslaio e vejo a toalha cair no chão, deixando-o com o pau ereto a mostra. Mordo o lábio e torno a olhar para a frente, sentindo os beijos de John em minha pele nua.
Sem demorar um segundo a mais, John enfia seu pau em minha vagina molhada e pronta para recebê-lo. Fecho os olhos com força e bato a cabeça de leve na mesa, sentindo o prazer de tê-lo dentro de mim na mesma hora.
Os movimentos de John não rápidos e sincronizados com os gemidos que saiam de nossas bocas. Enquanto eu me segurava na mesa, ele agarrou em meu coque bagunçado e meteu em mim sem dó.
Eu não levo mais que alguns minutos para atingir o orgasmo de forma violenta e prazerosa, desabando na mesa em seguida. John ainda permaneceu investindo em mim sem perder o ritmo, até gozar. Ele deitou seu corpo suado sobre o meu e beijou minhas costas.
Nós ficamos assim por um tempo, envolvidos em suor e muita endorfina causada pelo sexo repleto de amor e saudade que tínhamos acabado de fazer.
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Hotline Bling
RomanceEmma vê sua vida ir por água a baixo, quando seu pai morre e todas as suas dívidas são jogadas em seu colo. Sem outra opção, ela abandona a faculdade e arruma um emprego como atendente sexual. Sua função era fazer homens se aliviarem pelo telefone. ...