[John]
Visto a bermuda que estava jogada no chão e largo o celular em cima do sofá, caminhando curiosamente até a porta. A campainha toca, dois segundos antes que eu possa abri-la.
— Eu sabia que iria te encontrar acordado a essa hora.
— A ultima coisa que eu deveria estar fazendo nesse momento, era abrir a porta para você, Jennifer.
— Eu sei que você está cheio de rancorzinho, mas é rápido.
Jennifer adentra meu apartamento sem nenhum convite e vai na direção dos quartos, rebolando sua bunda redonda e perfeitamente bonita, até lá. Sigo atrás dela e consigo ver apenas o vislumbre de seu longo cabelo loiro, entrando em meu closet.
— Só vim buscar uma sandália que amo muito e acabei esquecendo aqui.
— E você não poderia ter apenas enviado uma mensagem pedindo o que queria? Juro que teria enviado aonde quer que você estivesse.
Jennifer me encara e sorri. Aquela merda de sorriso alinhado e branco, que fodeu meu psicológico direitinho.
— Aí eu não teria visto você. — ela caminha para perto de mim e alisa meu peito despido. — Continua lindo.
Seguro em seu braço e afasto-a. Estava me sentindo um super herói, com aquela tremenda força.
— Já pegou o que queria? Pode ir embora.
Jennifer torce o nariz e caminha para o meu quarto, girando a sandália no ar. Sem paciência, a sigo. Observo quando ela larga os saltos ao lado da minha cama e se senta na mesma, cruzando as pernas. No mesmo segundo meus olhos pararam em suas coxas recentemente despidas pelo vestido que havia subido.
— O que foi, John? Vai dizer que não sentiu a minha falta? — ela se levanta e caminha até mim novamente. — Olhando você assim, eu lembro de cada loucura que nós fizemos nesse apartamento. Você não?
Era óbvio que eu lembrava. E ter ela falando daquela forma arrastada, baixa e sexy, fez meu pau endurecer em segundos. Tento disfarçar, mas foi em vão, pois no segundo seguinte
Jennifer colou seu corpo no meu e me beijou.
Aquele ato piorou ainda mais a minha força de vontade. Seu perfume impregnando meu nariz, sua maneira de agarrar em meu cabelo, fez com que meu pau lembrasse de todas as vezes que estivera dentro do corpo daquela mulher. Latejei e ela sentiu. Um sorriso se formou em seus lábios e rapidamente sua mão segurou em meu membro endurecido.
— Viu como eu tinha razão? Seu corpo reage a mim. Você sente a minha falta.
Um gemido cruel escapou de meus lábios, quando ela apertou levemente meu amigo traíra. Se eu fosse pensar apenas com a cabeça de baixo, em segundos eu iria arrancar o curto vestido que Jennifer usava e iria comê-la como nunca.
Porém, felizmente - ou não - lembrei de todas as noites em que passei acordado e enchendo a cara, após o pé na bunda que levei. Lembrei de Emma e sua forma leve e verdadeira de me fazer sorrir.
Sendo ainda mais forte que antes, segurei os dois braços de Jennifer e a afastei, deixando-a completamente perdida.
— John?
— Vai embora. — largo- a e viro de costas para ela. — Pega todas as coisas que ainda tiver aqui, e vaza.
Não precisei olha-la, para saber que naquele momento, Jennifer estava completamente confusa.
Escuto o barulho de seus passos se aproximar e caminho para mais longe. Viro-me para encara-la.
— Está surda? — pergunto, ríspido. — Pegue suas coisas e saia.
A cara de desamparada que Jennifer fez para mim, pagou cada noite mal dormida que passei por conta dela. Pagou até as caras garrafas de vinho que destruí.
— John... eu pensei que pudéssemos conversar... nos entender. Amanhã é seu aniversário e a estreia do filme. Nós estávamos tão empolgados por esse dia, lembra?
Só então a presença dela na madrugada, toda sexy e atirada, fez total sentido.
— Agora eu entendi. — digo, soltando uma risada estranha. — Realmente pensou que podia vir aqui, depois de tudo que me fez sofrer, me seduzir para ir na estreia? Você não cansa de ser interesseira?
— Não estou fazendo nada por interesse. Eu apenas...
— Jenni, sai. Estou sendo gentil, pela última vez. Aproveite.
Jennifer revira os olhos e cata as sandálias que estavam no chão. Antes de sair, ela para por alguns segundos na porta, como se quisesse falar algo mais. Felizmente ela desiste e sai porta afora, finalmente me deixando em paz.
Espero por alguns segundos e depois me certifico se ela realmente se foi. Uma vez sozinho, tomo um banho rápido e me deito, pensando na mancada que havia dado.
[...]
Quando o alarme toca, informando ser sete da manhã, eu desligo-o com rapidez e me viro para o outro lado da cama, escondendo o rosto com um travesseiro extra.
Minha noite de sono havia sido péssima, devido aos milhares de pensamentos em Jennifer e Emma.
Eu não conseguia lidar com o fato de ter sido fraco e correspondido ao beijo da mulher que tanto me machucou. O que me deixa ainda mais irritado, foi não ter pensado em Emma em momento algum.
Flashes da noite passada retornam e novamente me sinto um babaca. Além de ter beijado alguém, gozei com outro alguém. Se eu realmente me sinto bem e quero estar com Emma, porque raios não consigo evitar ligar para aquele tele-sexo? Não seria muito mais fácil ser normal e fazer sexo com a pessoa que gosto?
Solto um grunhido e aperto ainda mais o travesseiro contra meu rosto. Não estava conseguindo lidar com todas aquelas perguntas dentro da minha própria cabeça.
Quando estava quase considerando tentar dormir novamente, meu celular apita, informando uma nova mensagem. Sem paciência, esperando que fosse Dom com suas gracinhas anuais de aniversário, puxo o aparelho e prontamente abro a mensagem.
Emma: E aí, aniversariante!? Como se sente estando mais velho hoje? hahaha fiquei um tempão pensando no que escrever para você, já que não faz muito tempo que nos conhecemos e eu não tenho jeito nenhum com essas cordialidades pessoais. Mas aí eu apenas pensei: poxa, é o John. É o cara que curte chinesa com vinho branco. Que adora ouvir e cantar Justin Bieber. Meu par ideal? Hahaha espero que seu dia seja mágico. Não apenas pelo seu aniversário, mas também pela estreia do filme, que eu sei, será um tremendo sucesso. Não quero prolongar mais o que já foi prolongado. Estou ansiosa para te ver mais tarde. Tenha um ótimo aniversário ♥️
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Hotline Bling
RomanceEmma vê sua vida ir por água a baixo, quando seu pai morre e todas as suas dívidas são jogadas em seu colo. Sem outra opção, ela abandona a faculdade e arruma um emprego como atendente sexual. Sua função era fazer homens se aliviarem pelo telefone. ...