Meu corpo inteiro se arrepia em resposta a frase de John. Eu mal tinha me recuperado daquele orgasmo e minha vagina implorava para tê-lo dentro de mim, de tanto que latejava.
Sem deixar eu me recuperar do último orgasmo sentido, John me faz ficar de costas para ele. Ele não me deixa encará-lo. Me tortura passando a barba por fazer pela minha nuca, ao mesmo tempo que passeia com as unhas por toda extensão do meu corpo nu e pálido.
— Encosta sua barriga no sofá e abre as pernas para mim.
Eu odiava receber ordens. ODIAVA! Mas não aquela ordem. Não sendo falada daquela maneira extremamente sexy e excitante.
Obviamente eu o obedeci e fiz exatamente o que ele mandou, sentindo minha vagina ficar molhada no mesmo instante.
O pau duro e pulsante de John, toca em minha bunda, enquanto ele se estica para beijar a pele do meu pescoço. Aquele singelo toque, fez meu corpo inteiro se arrepiar. Após um barulho de plástico, que me leva a conclusão que camisinha está sendo colocada, ele me penetra. Lentamente, para que eu consiga absorver cada partícula daquele prazer sentido.
Suas duas mãos estão tocando minha cintura. Ele me segura com sutileza, quando começa a meter em mim. John era uma pessoa doce, gentil e carinhosa. Exceto na hora do sexo. Eu esperava um sexo lento e carinhoso, e recebi algo rápido e selvagem. Do jeitinho que eu secretamente gosto.
Cada vez que ele entrava e saia de mim, um gemido esganiçado espancava da minha garganta. Embora eu estivesse tampando a boca com a mão e em alguns momentos, a mordia, os gemidos escapavam. A sensação que o pau de John me provocava, era indescritível. Parecia que ele estava tocando o lugar certo, pois um próximo orgasmo estava para chegar.
Nossos gemidos se sincronizam e a velocidade com que ele mete em mim, aumenta. Não levo nem um minuto para me desfazer mais uma vez e deixar escapar um gemido de alívio. John ainda demora alguns minutos, até que se debruça sobre mim e beija minha pele nua.
— Você é incrível. — ele diz. — Muito.
John se afasta um pouco e eu me viro, ficando de frente para ele.
— Você que é. Acho que nunca tive um sexo tão maravilhoso como esse.
— Calma... não pense que acabou. — ele murmura, baixinho, enquanto me devora com o olhar. — Eu falei que iria te foder de diversas maneiras e vou.
E com mais um olhar incrivelmente sexy, John me pega no colo e me leva para o quarto, para iniciarmos uma nova rodada.
[...]
Eu não havia dormido no quarto de John da outra vez, então não fazia ideia que sua janela se abria sozinha, quando desse um certo horário. O relógio de cabeceira, indicava que eram oito da manhã.
Puxo o lençol de seda branca para cima da minha cabeça, querendo escurecer tudo, para pegar no sono de novo. Coisa que eu não consegui, pois assim que ouvi o ronco baixo de John, as lembranças da noite passada, se tornavam vivas.
Pelo visto, John é bom em tudo o que se compromete a fazer. O único cômodo da casa, em que não fizemos sexo, foi a cozinha. Nem a máquina de lavar escapou. Ela inclusive foi usada para o auxílio do orgasmo mais intenso de toda a minha vida.
Abaixo o lençol e o olho. Ele estava deitado de bruços, com o rosto voltado para a minha direção. Suas costas brancas estavam com diversas marcas vermelhas, que foram provocadas por minhas unhas afiadas.
Após admira-lo mais um pouco, decido me levantar e procurar algo para comer. Essa foi a única coisa na qual não pensamos em fazer na última noite.
Vou ao banheiro e encaro meu cabelo desgrenhado. Junto-o com a mão e o amarro com o auxílio dele mesmo. Depois de jogar um pouco de água no rosto e urinar com vontade, saio do quarto. Nossas roupas permaneciam jogadas no chão e eu me esforço em apenas pegar a blusa de botões que John usara.
Vou até a cozinha e observo tudo curiosamente. Era tudo muito branco e limpo, de uma maneira que eu jamais havia visto. Tinha coisas que pareciam nunca ter sido usadas.
Abro a geladeira e torço o nariz, ao ver que não tinha nada que pudesse ser usado para fazer um café da manhã descente. Pego no armário, algumas capsulas de café e me direciono para a máquina.
Havia um adesivo de post-it na cor rosa, preso ali. Puxo-o e leio aquelas letras finas e irritantemente harmoniosas.
Que maldade a sua, me beijar e depois me mandar embora. Não tem importância. Eu sei que ninguém nunca irá te satisfazer como eu. Quando precisar, sabe que pode me ligar.
Com amor, Jenni.
Pisco algumas vezes, relendo diversas vezes aquele simples bilhete. Eu tentava ligar os pontos, para saber o quão velho aquele bilhete deveria ser. A única certeza que eu tinha, era de que ele não estava ali, na última vez que eu estive no apartamento. E se isso realmente aconteceu, quer dizer que John estava com outra pessoa, enquanto estava comigo.
— Bom dia! — a voz de John vem seguida de seu par de braços circulando minha cintura. — Caiu da cama?
Não pergunte, Emma. Não pergunte!
— Quem é Jenni?
Os braços de John ficam rígidos e sua respiração falha. Eu nem precisava olhá-lo, para saber que estava nervoso.
— O que?
Ele afrouxou o abraço e eu me afastei, virando-me para ele.
— Quem é Jenni? — repito a pergunta, levantando o post-it de cor berrante.
John pega o papel da minha mão e o lê rapidamente. Ele fecha os olhos pelo que pareceu uma eternidade e torna a me encarar.
— Ela é... é minha ex. Jennifer.
— Ah. E pelo que pude entender, vocês tiveram um remember.
— Emma, não! Quer dizer, ela me beijou e...
— Eu não tenho que lidar com isso.
Dou as costas para John e vou à sala, buscando minha roupa. Visto o vestido tão rápido quanto me foi arrancado e seguro em meus saltos.
— Não vai! — ele entra na frente da porta, impedindo minha passagem. — Eu posso explicar. Juro.
— A última coisa que eu quero, é ouvir alguma coisa vindo de você. Me de licença.
— Emma...
— SAI! — grito, sentindo um imenso e desesperado bolo em minha garganta.
John me encara assustado, mas cede o espaço que pedi. Enquanto aperto o botão do elevador, posso ver que ele ainda está na porta, olhando em minha direção. Sem olhar para trás, entro na pequena caixa metálica e deixo que as lágrimas escorram, com a certeza de que mais uma vez, eu fui feita de idiota.
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Hotline Bling
RomanceEmma vê sua vida ir por água a baixo, quando seu pai morre e todas as suas dívidas são jogadas em seu colo. Sem outra opção, ela abandona a faculdade e arruma um emprego como atendente sexual. Sua função era fazer homens se aliviarem pelo telefone. ...