Capítulo 13. "Can you feel the love for the first time? When we're making love"

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Antes de abrir meus olhos, ou acordar definitivamente, eu senti meu coração bater tão forte que eu jurei que teria um infarto. Meu corpo parecia preso à cama e meu inconsciente projetava a imagem de Jennie apontando para mim e gritando coisas em outra língua, talvez Latim.

Eu não conseguia me mover e, por mais que eu estivesse consciente o suficiente para dizer a mim mesmo que era um pesadelo, eu não conseguia abrir meus olhos ou despertar completamente.

Comecei a concentrar minha força no tronco para arqueá-lo e, quando por fim abri meus olhos, vi-me sentado na cama. Eu me mantive ali, apenas encarando a parede até recobrar minha sanidade mental e a força nas minhas pernas trêmulas.

Levantei-me e fui para o banheiro praguejando a amargurada da Jennie.

Que droga aquela garota tinha na cabeça? Ela já não tinha estragado muito a vida da Lisa?

Tudo o que ela tinha me dito me fez relembrar algumas das coisas relatadas, cheguei a comentar com Jimin e ele me disse que eu deveria ser o único que não me lembrava da confusão que foi, e eu admito que ainda não sei se eu só não me lembrava ou se eu preferia bloquear tais lembranças.

Fez-me também repensar em tudo o que eu estava fazendo, como você consegue ser o protetor e ao mesmo tempo quem mais pode machucar? É como ser o vilão e o super herói ao mesmo tempo, e as chances de ela nunca descobrir essas duas faces eram tão grandes quanto as de ela descobrir.

Isso estava me deixando paranoico demais, eu precisava relaxar, afinal, era sábado e eu tinha um jantar para preparar!

Vesti qualquer coisa, um pouco incomodado pelo meu corpo ainda estar um pouco úmido depois do banho, eu sempre tenho essa sensação e ela sempre me irrita. Desci para o café da manhã, mas acho que cheguei tarde demais, meus pais estavam saindo para ir ao clube e dessa vez eles nem me convidaram.

Na verdade, deixaram claro que não queriam que ninguém fosse e até me deram dinheiro, muito dinheiro, para almoço e janta... Hum, suspeito.

Bom, Jisoo que se vire, esse dinheiro é meu.

Por falar nela, adoro acordar minha irmã, ela é tão engraçada mal humorada, embora eu ache que um dia eu posso acordar sem cabelos, nunca se sabe o que esperar de sua irmã revoltada. Sabe aquela caveira que ri alto que você ganhou do seu vizinho sem graça no aniversário de 11 anos e você nunca encontrou uma utilidade para ela? Eu encontrei para a minha!

Entrei silenciosamente no quarto e ergui parte do edredom que cobria Jisoo até a cabeça, coloquei a caveira ao lado de seu rosto e cobri novamente, segurei a cabeça do objeto por cima da coberta e puxei a corda com força, afastando-me para apreciar a cena.

A sequência foi bem engraçada: a caveira começou a bater os dentes e ela já se remexeu, na primeira gargalhada Jisoo se sentou, toda atrapalhada com o cobertor, remexendo-se para tentar se livrar dele e do barulho que me fazia rir junto.

Bati palmas animadas e apoiei as mãos no joelho, sentindo dores na barriga de tanto rir dela.

- Idiota, Jungkook, IDIOTA! - Ela gritou, jogando a caveira no meu pé, nem preciso dizer que doeu pra valer, mas, tudo bem, ela ainda estava engraçada.

- Pedi pizza no Domino's, levante que quem tem caso com o entregador é você - Eu disse, jogando uma nota no colo dela e saindo do quarto meio mancando pela dor que latejava meus dedos.

- EU NÃO TENHO UM CASO COM ELE! - Ela gritou e eu ri, já fechando a porta do quarto, claro que ela tinha!

Depois do almoço, eu avisei Dah que sairia e não sabia bem que horas voltava. Na verdade, eu tinha que voltar antes das 6. Tinha marcado um jantar com Lisa no dia anterior e tudo precisava estar pronto até às 7h30, horário que marquei de passar para pegá-la em casa.

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