Capítulo 48. "I die when he comes around to take you home" (Damien Rice)

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- Quer entrar? – Angie chamou, parada em frente ao condomínio.

- Angie... – Talvez fosse a hora de admitir – Algumas coisas mudaram pra mim, e eu... Eu acho melhor sermos só amigos.

Nos últimos dias vinha sendo difícil dar atenção à Angie, mesmo que apenas sexual, eu estava ocupado demais me preocupando com Lisa.

Tínhamos nos aproximado na última semana, almoçamos juntos pelo menos três vezes depois da primeira, Jennie sempre estava junto e, no último dia, Lisa, Hoseok e Taehyung também foram. Ela parecia se divertir, e esquecer-se um pouco de como as coisas estavam conturbadas dentro de sua casa.

Ela não havia falado nada sobre isso, e eu também não perguntei, não queria obrigá-la a pensar em coisas desagradáveis, minha missão era fazê-la dispersar-se disto.

- Faz quanto tempo que você está tentando me dizer isto? – Angie perguntou, risonha.

- Ah... Alguns dias, Angie – Ri, sem graça – Me desculpe ter te enrolado...

- Jk, não é como se eu tivesse esperando um relacionamento sério, relaxa.

- Vou ser despedido? – Perguntei, rindo junto com ela.

- Vai, vai ser despedido se não entrar comigo agora pra gente se despedir.

Assim que entramos, Angie deixou seu casaco sobre o sofá, coberto por uma manta colorida. Pediu que eu ficasse à vontade enquanto preparava duas doses de whisky. Após entregar a minha, ordenou que eu esperasse ali até segunda ordem e sumiu em um corredor.

Seu apartamento era pequeno, sala e cozinha juntas, separadas apenas por um balcão de mármore. Era tudo um pouco desajeitado, como se ela não tivesse tempo de arrumar. Tive a impressão que aquilo tudo era intocado, como por exemplo a tv, parecia nunca ter sido ligada.

Ouvi uma música de batidas divertidas começar, sorri, tomando um sorvo do meu whisky. Senti meu corpo todo estremecer num espasmo intenso, apertei os olhos e respirei fundo, depois tomei outro gole, e outro, até acabar com o conteúdo no copo.

- Jk, vem cá! – Ela gritou, prendi o riso e me levantei, seguindo até o corredor, a escuridão me impossibilitava saber o que me esperava, mas continuei andando.

Senti, pouco tempo depois, Angie me abraçar por trás, em um instante eu não via mais nada, ela havia me vendado, e agora me conduzia. Comecei a rir, tentando descobrir o que ela pretendia, mas ela não diria.

Eu gostava disto. Senti meu corpo tombar numa superfície macia, logo meu quadril foi pressionado pelo que imaginei ser o seu. Suas mãos excursionavam meu peito, alisando-o sobre o tecido grosso do suéter, que logo não estava mais em meu corpo, fazendo caminho junto com minha camiseta.

Angie segurou ambas minhas mãos nas suas e começou a arrastá-las por alguma parte de seu corpo, lisa, quente, rígida. Talvez suas coxas, ou sua cintura. A curiosidade aguçada me fazia sorrir, ao mesmo tempo em que eu queria tirar a venda e saber o que ela estava fazendo, eu queria permanecer vendado pela excitação que aquilo estava me proporcionando.

Senti os bicos rijos de seus seios sob minhas palmas e tomei a liberdade de trabalhar sozinho com minhas mãos, apertando-os e massageando-os com calma. Eu ouvia os suspiros ruidosos vindos de Angie, enquanto seu quadril movia-se exatamente sobre minha ereção, que se formava pouco a pouco.

Senti seu corpo debruçado sobre o meu, sua língua sobre meus lábios, depois em meu queixo, pescoço, peito, barriga... Sem minha ajuda, retirou minha calça e minha boxer, dedicando-se a me chupar, nada mais. Angie sabia o que fazer, e era boa no que fazia.

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