Morte figurada
eu vejo caveiras nas nuvens celestes
crepúsculo de sombras que na brisa rasa
brincam com minha memória branda, devastada
triste circo de sentimentos
eu vejo rostos nas obras de Dalí
eu vejo lobos nos cafés de Paris
eu transfiguro o mundo ao meu redor
sem ao menos entender como sentir
minha mente é um quadro negro
minhas concepções um grande giz
que rabisca a realidade incompreendida
como uma virtude jorrada por um chafariz
eu roubo rosas, eu crio perfumes
eu ouço sons que me lembram infância
eu talho na madeira teu longíquo nome
sem ao menos ter te conhecido
as viagens sublimes que minha mente faz
das obras de Van gogh à Picasso
esmaecem as telas, virando lágrimas
a resiliente humanidade enquadrada
uma caricatura de sensações figuradas
tecem minha pareidolia rebuscada.
~Apoloet
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Pareidølia
Poetry"viagens bruscas pro inestimado ou buscas por um acaso indeterminado." -∆ Pareidolia reune vários poemas de cunho psicológico, filosófico, subjetivo, metafórico, melancólico, romântico, crítico-social. Minha nova obra pretende fazer com que o leitor...
