A lua me contou
que existem lebres lá
que flutuam livremente
como nossas ideiais
fluídas, aqui, acolá
lápides
em meus pensamentos
obscuros
como o lado oculto da lua
me escondem lembranças
imaginação fértil
como as lebres lunares
ou mente doentia
como minha sentença final
de meus oblíquos pensares
escavação profunda
numa superfície tão delicada
crateras aqui, como há na lua
traumas de vida passada
reencarno como lebre
pra quem sabe poder flutuar
neste vácuo eterno e sem fim
onde minha sombra sorrateira
não possa me alcançar
e nessas orelhas felpudas
encontrar-me em banho lunar
navegando por entre as estrelas
para longe de qualquer vestígio
sombrio, nas correntezas desse cósmico mar.
~Apoloet
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Pareidølia
Poetry"viagens bruscas pro inestimado ou buscas por um acaso indeterminado." -∆ Pareidolia reune vários poemas de cunho psicológico, filosófico, subjetivo, metafórico, melancólico, romântico, crítico-social. Minha nova obra pretende fazer com que o leitor...
