Parnasse

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Diagramas clássicos
abdicam o subjetivo
abraçam a margem
e refugiam na oratória
os amantes da lírica selvagem

entregues aos deuses
das artes e das formas
destrinchando as facetas
das mais ávidas normas

libertante, sonata das vielas
dos cânticos à natureza
parcimonioso o oculto universal
para dentro dos corações e telas

mas o que há no idealismo?
que tanto vos atraem
rasguem as peças e romances
pois o mundo ideal
é aquele que se dança em Émancé

não há sentimento melhor
que o de esculpir musas
pois não há paixão eloquente
apenas admiração efervescente

poesia nos campos e montes
filhos de apolo, regozijem-se
nos pomares da arte pela arte
é onde encontra-se a parnasse.


~Apoloet

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