Estenda-me a mão
e te arrancarei a alma
sou a criação
de uma lúcida sombra
mas não pertenço
a algum tipo de alegoriapersisto no mais tardio olhar
que me reclama a lentidão
de meus pensares a divagar
num mundo opaco de solidãoqueira, sobressair
nos mais belos estorninhos
roubar-lhes a beleza, o canto
mas nada me resta, se não o espantoaterrorizado pelas pinturas
que me pincelam a solitude
e por entre as mobílias tantas
me recaio ao devaneio, inquietudehá tanto aqui, mas nada é vivo
nem mesmo a mim, mas sobrevivo
nas vértebras de minha agonia, apoio-me
pois é tudo que me é herdado, cativo.polímeros tão singulares
rodeiam meu corpo raquítico
permeiam minha alma aflita
percebo, que o processo é danoso
que sou meu próprio retrato
de uma pintura sobre óleo e histeria.~Apoloet
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Pareidølia
Poetry"viagens bruscas pro inestimado ou buscas por um acaso indeterminado." -∆ Pareidolia reune vários poemas de cunho psicológico, filosófico, subjetivo, metafórico, melancólico, romântico, crítico-social. Minha nova obra pretende fazer com que o leitor...