Lis Amet

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Vaso velho, irreparável
ao cair no chão, se quebra
poeira surge, dissipável
como minhas memórias incertas

cacos, fragmentos, pedaços
reliquía é o que permanece
nas mentes do inestimável
uma catedral de fios e laços

que não se rompem
se intensificam nos moldes
de pequenas querelas do acaso
que caso voltem, suspiram espaços

vibram em silêncio
estas querelas do acaso
estruturando, nas memórias
em fragmentos, outro vaso

um vaso velho, pois o novo se foi
no momento que moldado
tudo se tornou velho, dispensável
se nos laços e fios, arrebentarem
minha tênue vida, a esta dedico
o silêncio eterno e cicatrizado.

~Apoloet

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