Vinagre

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Ardil
cada verso
do teu compasso
lírico de ser

sentiu
cada dor e causa
e como leveduras
partiu

ao sol
que te emana astúcia
furtou-lhe as manhãs
desviadas

destila
o óbito pensar
de dias utópicos
de noites sem fim 

uma gota
espalha a alma
corroi o cerne
varre o estame

bagunça
todo limiar
de minha vida
azeda como vinagre.

~Apoloet

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