Ímpar ou par
levo minha rotina a castigar
todas as certas incertezas
toda pele perene sob correntezacomo um funil
bloqueia todas impurezas
deste mar de calcário, mar de mesas
que quebram suas próprias pernas
como crime factual de andar ilesalareira velha
aquece minha sordidez
esquenta meu corpo culposo
mas não leva nas brasas
meus pecados, verniz dolosopadecem, em croma escuro
toda benfeitoria de algum tempo
com esbravejo sínico, penoso
uma íngrime agrura, ociosaodores, dos quais senti
presenças leves como pluma de garça
que outrora vida me trouxeram graça
mas nesta, permaneço na infame lembrança
de sofrer por tudo o que vivi, minha eterna desgraça.~Apoloet
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Pareidølia
Poetry"viagens bruscas pro inestimado ou buscas por um acaso indeterminado." -∆ Pareidolia reune vários poemas de cunho psicológico, filosófico, subjetivo, metafórico, melancólico, romântico, crítico-social. Minha nova obra pretende fazer com que o leitor...