Capítulo 6: Luker

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   Os cinco espadachins então saíram das proximidades da capital dominada do reino de Sverige e iam guiados por Philip para bem longe, em uma terra esquecida por uns e bem lembrada por outros. Eles então adentram em uma floresta bem peculiar. Localizada no estremo norte de Sverige, praticamente sendo o que liga Escandinávia com o resto os outros países fora da península, aquele era o antigo habitat dos gigantes, antes é claro, de resolverem que não gostavam mais dos humanos e, por consequência, extintos pelos deuses. E por aquele ser o local onde se via a maioria dos gigantes, muitos chamavam esta floresta e "A grande floresta dos gigantes", porém, essa denominação é um pouco errada, visto que, para os gigantes, não existe lugar fixo para morarem. No momento em que aquela floresta fosse destruída por qualquer motivo, eles não iriam lamentar ou tentar reflorestar com o que sobrou, eles simplesmente iriam se estabelecer em um outro lugar mais confortável, e no processo, matar toda a vida que tinha habitado lá primeiro. Vendo a floresta de longe, já se percebia que suas árvores eram maiores do que o habitual, sendo mais altas talvez do que um dragão vermelho, e no chão, ao invés de grama e vinhas, havia vários do que parecia ser cogumelos de uma cor azulada que emitiam uma luz florescente, e por receio desta desconhecida floresta, decidiram deixar seus cavalos fora dela e irem andando, não se preocupando de irem rápido e muito menos em se perderem, pois Philip, além de um excelente estrategista, era um ótimo guia para qualquer lugar, mesmo que o próprio jamais tenha pisado no chão dele. Os portadores caminhavam a procura do próximo portador. Quantum parecia estar um tanto nervoso, ou melhor dizendo, um tanto ansioso, e não era exatamente uma ansiedade de esperar muito pôr algo.

– E então, o medo em revê-lo está nas alturas? – disse Philip percebendo o nervosismo do amigo.

– Talvez, estou em uma mistura de medo e raiva... raiva dele desde aquele tempo e medo do que vai... ou pode acontecer. – disse Quantum com um tom sério – Mas e você Philip? A antiga floresta dos gigantes te dá alguma nostalgia?

– Nostalgia? Só se for nostalgia pelo nojo. Nem quero imaginar o que minha mãe passou aqui, e o pior é que eu sei o quê ela passou aqui. Infelizmente, sou a prova viva. – disse Philip baixando um pouco seu olhar, explicitando sua tristeza.

Quantum dá um leve tapa nas costas do amigo

– Não se sinta mal por algo que não fez, sabe muito bem que não é o culpado por sua mãe ter passado por tal atrocidade, não pediu para ter nascido muito menos com sua outra metade. – falou Quantum, consolando Philip.

– Eu sei, Quantum, porém, não deixo de me entristecer com o fato de eu ser a "consequência" do que esses malditos fizeram com ela. Ei Audax, o que há como você?. – disse Philip percebendo que Audax olhava em volta da floresta com o corpo inteiro tremendo de medo.

– E que...e-eu nunca fui a um lugar tão aterrorizante como esse, O-onde estamos?

– Esta é a antiga floresta dos gigantes caídos, o antigo lar dos horrendos gigantes que há um bom tempo, não habita mais nosso mundo, e atualmente, aqui é o lar apenas de vagalumes que voam sobre nossas cabeças – disse Iohannes tentando acalmar Audax e apontando para um monte de vagalumes que ali estavam.

Audax, aliviado com a informação do meio-elfo, suspirou em alívio, parando um pouco de tremer.

Os cinco então continuam adentrando a grande floresta, apenas com o som natural e os vagalumes os acompanhando, e então depois de um tempo, encontram um lugar bem peculiar, uma área grande e circular totalmente sem árvore alguma, e em seu centro encontrava-se uma pedra e em cima dela via-se uma figura de cabelos pretos bem escuros que parecia meditar, e ao seu lado, fincado no solo, havia uma espada de mesmo tamanho e símbolo que as demais espadas dos portadores, sua afiada lâmina, porém, era feita de um material transparente, muito parecido com vidro ou cristal e com alguns leves detalhes da cor branca. Quantum então olhou e respirou fundo ficando com um olhar de bastante seriedade fazendo todos ao seu lado perceberem sua súbita mudança de humor, ele então indo na frente dos demais caminhando a passos lentos até a pessoa que se encontrava de olhos fechados e sentada de pernas cruzadas em cima da pedra.

A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora