– Porquê?! Porquê?! Porque não fiz nada?! Por que não consegui ajudar?! – dizia Audax, ou melhor, gritava, chorando desesperadamente vendo o que sobrou de Ateus jogado no chão.
– Eis aqui agora o triunfo dos elfos negros, logo os malditos Alfir saberão seu real lugar, bem no fundo do inferno – diz Svalvart olhando fixamente para chave-cruz.
– Porquê, por que não consigo ajudar ninguém, por que não consigo simplesmente me levantar e ajudar os que eu amo?! – disse Audax ainda em prantos.
– Melhor não ficar debulhando-se em lagrimas em seus últimos momentos meu jovem, se for aos céus isso causará desconforto. – disse Svalvart agora olhando para Audax.
– Pai, mãe, meus irmãos, Philip, e agora o Ateus! – dizia Audax batendo no chão com os punhos fechados cada vez mais forte – eu sou fraco inútil e medroso, não consegui salvar nenhum deles, por que eu tenho que ser assim?! Por que eu sou um peso morto?! – fala ainda chorando e cada vez mais alto.
– Isso está até entristecendo a mim agora. – Svalvart prepara então para um golpe em Audax, porém, vê que, estranhamente a espada ao lado dele estava começando a brilhar cada vez mais intensamente junto aos gritos do portador.
– Eu não quero ser mais um inútil, não quero mais ter medo de qualquer desgraça que me aparece, tudo o que quero agora, é ter o que é necessário!
A luz da espada brilhar mais a mais enquanto Audax se vê agora enfurecido.
– Mas o que infernos ocorre aqui?! – diz Svalvart confuso, tenta então finalizar Audax, porem a luz da espada cresce mais intensamente inesperadamente fazendo a pele do elfo queimar.
– Tudo o que eu quero, é ter o que é necessário para te mandar diretamente para Hell, seu bastardo de merda! – diz Audax, elevando ainda mais sua voz, a direcionando a Svalvart e se levantando.
Eis que então o que não tinha veio. Eis que então o que estava escondido veio a despertar e aparecer diante dele. Emoções indo e vindo. O que precisava veio em repentino. Para então de repente conseguir ver seu real destino. O medo transformou-se em tristeza. A tristeza transformou-se em raiva. E a raiva, transforma-se em coragem. Uma coragem tão intensa e verdadeira que brilha com a intensidade da luz divina. E queima como a luz do dia. Eis aqui então o que é necessário para reduzir o caos á cinzas e espantar as trevas onde a luz ilumina.
A luz que emanava da espada contínuo se intensificando, até de tão enorme e reluzente, pôde-se vista de Pomar Brando mesmo com dias de distância do reino de Sverige, Quantum e Luker enquanto batalhavam sem parar quase sem forças viram aquela luz brilhar intensamente, Luker achara que fosse talvez uma estrela caída do céu, ou Odin mandando sinais de glória, Quantum na luz pensou que fosse talvez uma entrada aberta a Valhalla? Estava cansado e ocupado demais para raciocinar tão logicamente.
De Lordrian onde batalhavam Iohannes e Victyr contra os elfos negros, viram também a luz intensa vindo de Sverige, mesmo também á dias de distância, Victyr igualmente exausto quase sem forças para lutar, pensou que era sua mãe, de volta ao mundo dos vivos para lhe confortar e o levar para um lugar melhor, já Iohannes, mesmo muito cansado, conseguia pensar mais intelectualmente o que via, pensava talvez ser uma super nova? Ou será este o poder despertado de um elfo da luz?
De volta a capital de Sverige, a luz intensa então começara a se abaixar, até que sumiu quase completamente, Svalvart parou de sentir a queimação, e então abrira os olhos com dificuldade para enxergar, e se deparava com algo um tanto inesperado, o garoto que outrora estava encolhido no chão chorando de medo, agora encontrava-se totalmente de pé, com um olhar completamente diferente, um olhar sério e penetrante, e olhando diretamente, via-se que os olhos dele agora possuía a íris branca, tão branca quanto a luz, em uma das mãos, Audax portava sua espada, porém ela mais parecia uma substituta pela tamanha mudança, agora de uma lamina de cor azul com poucos detalhes brancos, agora via-se uma espada de lamina completamente branca, e ainda brilhando com intensidade, como se o sol de meio-dia se concentrasse somente naquele único ponto na espada de Audax, ele por sua vez, com seus olhos penetrantes olhava diretamente para o rei dos elfos negros, porém tira sua visão dele, lembrando-se de Ateus, Audax então olha para o cadáver rasgado de Ateus, que infelizmente , não havia mais salvação, ele já havia partido para a terra dos que morreram honradamente junto a uma valquíria, procurou então Philip com o olhar, e lá estava ele, ferido da cabeça aos pés, porém diferente de Ateus, ele parecia estar somente desacordado e sem condições de se mexer, Audax então vai até Philip e então ergue sua mão livre na direção do portador caído.
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A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destino
Fantasy"Não somos donos de nosso próprio destino, mas podemos molda-lo ao nosso favor". O que isso quer dizer? Tudo é governado pela ordem e o caos, pela luz e a escuridão, com nenhuma prevalecendo mais do que a outra, assim mantendo o perfeito equilíb...