A escuridão o envolve de tal forma que não é capaz de ver a si próprio, tudo ao seu redor não passa de somente trevas sem fim, porém ouve então um som, algo batendo no chão, uma, duas, três, várias vezes, eram somente passos indo em sua direção, e então descobre que eram suas pálpebras fechadas e não seus olhos que eram incapazes de ver a luz, e de antemão os abre, nada sabe e nada consegue entender, se vê em uma pequena cama, olha para os lados e descobre que está preso, com esta tal cama cercada por várias barras de madeira a contornando, tenta levantar-se porém não encontra forças em seu corpo para tal, ele então percebe suas mãos, tão pequenas quanto uma folha de pinheiro, tenta falar qualquer coisa, porém nada sai além de pequenos gemidos e grunhidos, sem conseguir fazer absolutamente nada e ouvindo os passos cada vez mais próximos, sente então uma imensa vontade de chorar, e assim o fez de modo desesperado, os passos antes ouvidos sessam e então se vê acima da cama com barras de madeira nada de sobrenatural e muito menos monstruoso, pelo contrário, se vê um ser gigante, muito maior do que o aprisionado, porém este ser possuía tal belos e brilhantes olhos da cor de uma linda esmeralda, longa e esvoaçante cabeleira que lembravam as pétalas de um lindo girassol, e um sorriso e expressão calma e ar gentil que qualquer humano por horas a admirar, isso porém nem de longe o acalmou, continuava a chorar desesperadamente, então este gigante e belo ser foi com suas belas mãos ao seu encontro, o agarrando por debaixo do braço, então o ser o encosta em seus fartos seios, em sua nuca coloca suas mãos e a outra em seu traseiro, e então com ele ainda inquieto e a chorar, abre seus lábios para deles sair uma agradável sinfonia de sons formando uma doce e suave música, tal como a suave brisa de um campo cheio das mais lindas flores ou tal como apreciar o mais belo pôr do sol, tal melodia escutada por ele o faz então finalmente se acalmar cessando assim finalmente seu derramamento de lágrimas, não sabendo exatamente onde se encontra ou até mesmo quem é, porém estava feliz contanto que continuasse a ouvir tal gentil e agradável música, e então, fecha os olhos, novamente se encontrando com aquela escuridão, porém agora, não era mais algo estranho e assustador, e sim uma escuridão calma e refrescante.
Talvez os sonhos sejam nada mais do que memórias embaralhadas pelo subconsciente e até mesmo visões do futuro, porém, esta última teoria não é exatamente o caso, aquilo eram somente memórias, aos quais devemos sim lembrar, e logo depois acordar para esta realidade.
Portanto, acorde.
Quantum de repente acorda, seu coração acelerava de tal forma que tinha de colocar a mão no peito, olhou para todas as direções, se encontrava aparentemente em um quarto, deitado em uma cama, olha direito, e vê então Philip ao seu lado, sentado em uma cadeira o olhando fixamente e com um olhar não tão amigável.
– Vejo que se encontra totalmente revigorado, bem vindo de volta, Quantum. – Philip diz isto não com sua voz e rosto de sempre, havia em sua face uma clara expressão de desprezo, tal como se estivesse se apresentando a um condenado, assim como seu tom de voz era rouco e sério.
– Philip? Mas...o que? – disse Quantum olhando em volta mais uma vez.
– Nos encontramos em um quarto de prisão na parte subterrânea do castelo, e com segurança reforçada do lado de fora caso...algo venha a acontecer. – disse Philip ainda com a estranha expressão e voz para Quantum – Estou aqui para lhe vigiar. Embora minha perna não esteja nas melhores condições no momento, não queria que mais ninguém viesse para lhe tomar conta, e bem, cá aqui estamos, faz certa de meio dia depois do ataque a capital e tudo já está se acalmando. É o que eu espero ao menos, enfim, vou chamar os outros aqui para lhe ver, enquanto isso, não ouse mexer um músculo sequer, entendido? – Philip fala esta última parte em um tom deveras ameaçador, e então, um pouco manco, se dirige a única porta do local para sair.
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A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destino
Fantasy"Não somos donos de nosso próprio destino, mas podemos molda-lo ao nosso favor". O que isso quer dizer? Tudo é governado pela ordem e o caos, pela luz e a escuridão, com nenhuma prevalecendo mais do que a outra, assim mantendo o perfeito equilíb...