Enquanto esperavam em um lindo vale verde e ensolarado que dava frente a um grande rio de águas estranhamente cristalinas, Victyr lembrava-se do que Iohannes havia falado há quatro dias atrás:
"– Um dia antes da data, nos separaremos em duplas e iremos para diferentes partes do país de Sverige."
Lembrava-se que Quantum havia perguntado o porquê daquilo, e logo em seguida o meio-elfo respondeu:
"– Os quatro estão atrás de nós, é a nós que eles querem, e por isso, garantiremos que mais ninguém além de nós mesmo nos machucamos, e por conta disso, por favor, escolham cuidadosamente um bom lugar, e de preferência sem uma única alma viva que não diz respeito a batalha, para então poderem lutar sem preocupação. E com relação ao porquê da separação em duplas, se caso já não tenha ficado óbvio, isso é para aumentar nossas chances de vitória, se eu não estiver extremamente enganado em meus cálculos e teorias, Balder mandará um de cada um deles para derrotar uma dupla, pois se não fosse assim, ele não teria teoricamente nos dados esses dias de preparação, ele quer uma luta justa e honrada, mesmo sendo contra nós. Então vamos aproveitar esta oportunidade. Somente um lutando contra um deles, as chances são de quarenta por cento de vitória, porém com dois, a chances sobem para oitenta, e infelizmente, não há como subir para cem por cento tão facilmente."
O portador de cabelos loiros e olhos azulados estava naquele momento trajando um gibão de couro macio por baixo de um revestimento de placas de aço no peito, nos ombros, nos braços e canelas. Apesar de amar ser um cavaleiro, nunca se acostumou em usar uma armadura completa que não deixava um único espaço para respirar, claro que ele não se sufocava as usando, porém as achava desconfortável e preferia algo mais simples para um combate, assim como o que usava, era para ele prático e o deixava mais ágil. Parou com seus devaneios para então olhar para seu amigo meio-elfo, que por sua vez estava ao seu lado, com os olhos fechados, sentado com suas duas pernas cruzadas formando quase um X, e fazia um gesto um tanto peculiar com as mãos ao qual Victyr nunca havia visto, Victyr porém tinha quase absoluta certeza de que aquilo era para Iohannes se acalmar antes do que estava por vir, por sua vez, o meio-elfo trajava uma armadura de couro resistente, sendo que a perte das ombreiras eram de certo a parte mais difícil de se atravessar com algo afiado na parte de cima, embaixo, Iohannes usava uma calça adequada para o revestimento de placas de aço em suas canelas. Assim como Victyr, Iohannes não gostava de se vestir com uma armadura completa, além do que, quando fazia suas missões como cavaleiro real, normalmente era ensinando algo teórico para os aprendizes de cavaleiros ou então bolando estratégias de batalha junto de Philip, porém é claro, se quisesse, Iohannes poderia muito bem ir para um cargo nos cavaleiros de Sverige como por exemplo, ser o guarda das muralhas ou até mesmo no exército da linha de frente nas guerras contra os que ousavam tentar invadir Escandinávia na base do machado, com certeza Audax jamais iria recusar um pedido de um amigo, porém, ele sendo um homem mais pacífico, além de ter passado a maior parte de sua vida enfiado de cara em livros, a ideia de ser um cavaleiro que é obrigado a se sujar de sangue e lama em inúmeras batalhas não era exatamente uma boa ideia para ele, por isso sempre adorou fazer somente o trabalho intelectual dos cavaleiros reais, e por isso nunca se acostumou com um traje mais pesado de um cavaleiro de verdade.
Ambos Victyr e Iohannes estavam sentados na sombra de uma árvore em frente ao rio. A brisa variava entre leve e forte, parecendo que iria chover, porém era somente a época do ano em que os ventos se agitavam para quando chegasse o momento da neve do inverno, os ventos puderem rapidamente trazer o imenso frio do sul e norte e assim espalhar a estação por toda a Península. Victyr então levantasse, dando leves tapas no ombro de Iohannes para que o amigo abra os olhos e se levante junto com ele, e assim o faz.
– É isso ai, mermão, vamo bora que a hora é agora. – disse Victyr ao ver a metros de distância, o ex-líder dos elfos negros Svalvart parado olhando para os dois com um sorriso horripilante, mostrando seus afiados dentes que mais pareciam os de um tubarão.
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A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destino
Fantasy"Não somos donos de nosso próprio destino, mas podemos molda-lo ao nosso favor". O que isso quer dizer? Tudo é governado pela ordem e o caos, pela luz e a escuridão, com nenhuma prevalecendo mais do que a outra, assim mantendo o perfeito equilíb...