"Nos limiares um e dois, logo depois uma grande e não terminada guerra de entidades, a semente da escuridão fora jogada como forma de oposição, e logo após, especificamente no segundo limiar após o primeiro, fora jogada a semente da luz, como forma de contrapor a oposição. Ambas as singularidades, sementes da luz e da escuridão, desde então em completo conflito se encontram, é assim que é e deve ser o grande conflito que abala estruturas e corta dimensões, para a felicidade do destino, isso fora o que precisava para um perfeito equilíbrio, bem como queria e bem como foi, o equilíbrio gerado pelo fruto do oposto de sua cria e pelo fruto de sua própria cria, é a lei que demanda o universo e como, sem consciência, fez o destino: O conflito gera o equilíbrio, o branco conflita com o preto, para então se formar o equilíbrio cinza, o belo conflita com o feio para se ver uma aparência amena, e a luz conflita-se com a escuridão para então gerar o caos, o caos que tudo rege e tudo governa, e diante de tal fato, se vem a dúvida do por que tudo ainda não se transformou em cinzas, ainda não, eis a mais pura das respostas que transforma o verbo em carne, luz e uma criação, a escuridão, o total e perfeito oposto desta criação, e por isso uma chama a outra, e por isso uma anula a outra, não conseguem se tocar, se encontrar, tão pouco se olhar, é por isso que cinzas por ora não viraremos, porém, eis então o pretexto para uma outra guerra, outra porém fria guerra entre singularidades, singularidades estas que jogadas foram, tais como sementes e jamais poderão ser plantadas nos férteis solos do cosmos, eis a solução para a não explicação, o que não se pode em algo fazer em outro algo se faz, as sementes então que em uma fria guerra plantam-se nas mentes dos seres, os iluminando, os corrompendo, os salvando, os matando, para assim continuar a eterna guerra não terminada, até ambas as sementes não aguentarem e partirem rumo ao caos. Por isso, rezem irmãos, rezem ao grande pai para que plante a semente da luz em seu ser, tanto em corpo quanto em alma, tanto na mente quanto em seus corações, para que durante e no fim, se veja calma e alegria, ao invés de desespero e dor"
– Escrituras sagradas: Provérbios de São Pedro 5, 4-13.
Em um dia com o céu repleto de brancas nuvens, as alaranjadas folhas das copas das árvores de Escandinávia começavam a lentamente cair, deixando o chão em volta aconchegante e com uma bela coloração, além de junto a tal fato, vinha também uma fria temperatura que, apesar de um pouco incomodar, trazia uma relaxante sensação de calmaria e paz. Quantum, com uma espada de madeira, tenta desferir um golpe de cima para baixo rumo a Markus, este por sua vez, também com uma espada de madeira, dá uma meia-pirueta, desviando-se com destreza do ataque e, logo em seguida, avançando rapidamente com um movimento de pés, desferindo um golpe horizontal de esquerda para a direita em seu tio, que estando a par da situação e com sua grande agilidade, dá um longo passo para trás, além de ao mesmo tempo bater com a lâmina cega da espada de madeira na de Markus, tecnicamente aparando seu golpe, aproveitando então a situação, o jovem portador, com um avanço mais rápido ainda, vai para a direita de Quantum, fazendo então uma pirueta completa com sua espada erguida e em direção a Quantum, este então não vendo oportunidades para um recuo, coloca sua espada no caminho do golpe de seu sobrinho, fazendo então um perfeito aparo, e então, aproveitando o curto momento de recuperação da pirueta, Quantum se abaixa levemente e, com um veloz movimento com sua perna direita, dá uma violenta rasteira rumo aos desprotegidos pés de Markus, os tirando do chão e o fazendo cair de barriga para cima com uma grande expressão de em seu rosto.
– Se mantenha firme em sua base, caso de qualquer deslize, seu inimigo aproveitara para te por ao chão desta mesma maneira, e aí eu ouvirei os gritos de chora da sua mãe por pelo menos dois anos, mas tirando esse detalhe, nada tenho a reclamar em seu estilo de luta – disse Quantum, com dando um sorriso com essa sua última frase e estendendo a mão livre para ajudar seu sobrinho a se levantar, este por sua vez aceitando a ajuda.
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A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destino
Fantasía"Não somos donos de nosso próprio destino, mas podemos molda-lo ao nosso favor". O que isso quer dizer? Tudo é governado pela ordem e o caos, pela luz e a escuridão, com nenhuma prevalecendo mais do que a outra, assim mantendo o perfeito equilíb...