Uma manhã ensolarada se formava do uma intensa brisa matinal e tudo indicava que mais tarde iria chover com frias gotas por causa do outono.
Era chegada a hora. Já se passaram quatro dias.
Este eram os pensamentos de Audax e Philip, que se encontravam parados e de pé em frente a um dos portões das grandes muralhas que protegiam Sverige. O grão-mestre dos cavaleiros reais trajava uma brilhante armadura feita com as melhores e mais bem polidas placas de aço, além de revestimentos de malha nas frestas da armadura para uma maior proteção, constituindo a armadura de um total de peitoral, braçadeiras, luvas, perneiras e botas. Audax, como não era muito à vontade com o ferro em volta de seu corpo, sempre optava em momentos como esse por uma resistente cota de malha, cobrindo todo o seu corpo exceto pelas mãos, que diferente do resto do corpo, era a única parte que Audax colocava luvas de placas de aço, seus pés, que estavam caçados com botas de couro com cano alto, e sua cabeça, pois assim como Philip, não precisava de nada para proteger seu próprio pescoço. Em suas cinturas, ambos estavam com suas espadas postas e embainhadas. Suas expressões se permaneciam as mesmas desde que acordaram naquele dia: Estavam mais do que prontos. Com isso, começaram a andar na direção oposta ao portão da muralha, porém não estavam com pressa, continuaram somente andando, até que em uma distância considerável do muro, eles pararam o passo. A brisa parecia estar inquieta por algum motivo, diferente das leves brisas da manhã que sempre refrescavam os sortudos que eram atingidas por ela, agora ela estava um pouco mais agitava do que o normal, se comportando quase como uma ventania, isso talvez por que, com a chegada do inverno, os ventos se preparavam para trazer o gelo para toda a península. Ou talvez realmente iria chover a qualquer momento, fazendo essa brisa se agitar. Porém, isso de certa forma não importava tanto assim para Audax e Philip. Pois Izard já se encontrava atrás deles, a poucos metros de distância, e os olhando fixamente com um peculiar sorriso.
– Parece que o Iohannes não erra em nada, não é? Como ele falou, realmente, eles iriam até a gente e não o contrário, e pelo visto, um de cada vez. – disse Audax em um tom inesperadamente calmo.
– Certamente, meu rei. – esta fala com um certo tom de sarcasmo vindo de Philip fez Audax dar um muito breve sorriso de graça antes dos dois portadores se virarem para a direção do mago
– Pelo que posso ver, já estavam esperando minha presença, e como bastante medo eu diria – disse Izard observando o visual dos dois que o olhavam fixamente.
– Na realidade, esperávamos ver dois ou até mesmo os quatro bastardos diante de nós neste momento, e devo admitir que fico um tanto surpreso. E em relação aos nossos trajes, em minha visão, não faz mal estar bem vestido em qualquer evento. Até mesmo para uma execução – disse Philip, fazendo o mago dar uma pequena risada ainda com seu sorriso estampado.
– Ora, por favor, saibam que não é bem assim que as coisas funcionam, os outros três ainda possuem coisas para fazer. Mesmo que estes "afazeres" os envolvam. Então, meus colegas nada tem, ao menos por enquanto, assuntos a tratar com vocês dois. Já eu. Meu caso é o contrário.
– Pois então por favor, diga-me o que tem a tratar comigo e com meu amigo, já que se deu o trabalho de vir até aqui nos incomodar. – Audax falava isso em um tom sério e ao mesmo tempo sarcástico.
– Falando a verdade, eu realmente não esperava por esta pergunta, visto que eu jurava em minha mente que iriam começar a me atacar feito um bando de guerreiros bárbaros assim que me vissem. Porém, já foram incrivelmente gentis com minha pessoa, por que não responder está tão "gentil questão"? Então aqui vai. Desde muito cedo, e este cedo falo de desde criança, sempre fui fascinado pelo conhecimento. Saber que as vastas gramas que compunham lindos campos verdes eram sustentados por camadas de um material macios e denso chamado solo. Saber que a água dos mares tinha um gosto tão estranho e enjoativo, diferente da água que bebia em casa, era por conta que nos mares haviam camadas de sal que eram absorvidas pelo mar. Saber que eu não havia visto absolutamente nada sobre nada com relação a todo o conhecimento que existia, mesmo já vendo tanto. Comecei a buscar cada vez, mais e mais conhecimento, de todas as formas possíveis, até mesmo me esforçando para conseguir entrar na grande academia mágica da estada dos magos, onde diziam que, assim como na academia ÁlfLyset, era o local de maior conhecimento acumulado em toda a Escandinávia. E assim foi. Estudo e mais estudos. Mais e mais conhecimento acumulado, e o melhor, era que era infinito, quanto mais eu lia, mais livros vinham, quanto mais palestras eu ouvia, mais professores chegavam. Até que então... ficou chato? Não, certamente não havia ficado chato ou maçante, porém, eu queria agora... algo um pouco mais interessante do que simplesmente pegar um livro em uma biblioteca e começar a ler. E então vi algo que poderia ser ainda mais excitante, sendo a mesma coisa que eu fazia, porém que seria muito mais animador, e não beneficiaria somente a mim, como também todos os outros apaixonados pelo conhecimento. E isso seria ir atrás dos conhecimentos ainda não conhecidos, descobrir tais conhecimentos, caçar onde poderiam estra e, assim que os conseguisse, poderia compartilhar a todos, fazendo então um verdadeiro paraíso. E como o conhecimento é infinito, a busca por eles também seria infinita, mataria tudo em um só golpe. Era isto o que eu queria afazer de minha vida, era isso que eu queria para o resto de meus dias.
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A ordem dos elementais: Um caminho rumo ao destino
Fantasy"Não somos donos de nosso próprio destino, mas podemos molda-lo ao nosso favor". O que isso quer dizer? Tudo é governado pela ordem e o caos, pela luz e a escuridão, com nenhuma prevalecendo mais do que a outra, assim mantendo o perfeito equilíb...