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Já amou tanto alguém que pensou que poderia morrer se ficasse sem ele(a)?

Eu já…

Nunca imaginei amar tanto uma pessoa, ser dependente dela.

Viver por ela e para ela.

É estranho admitir isso, mas essa é a verdade. Nunca conseguirei amar outra pessoa que não seja a minha “doce” e preciosa Lila.

Gosto de amanhecer pensando em como sou sortudo por tê-la ali, do meu lado. Gosto de assisti-la dormir. Amo ver suas expressões quando está sonhando com algo bom… Ela sorri e às vezes fala.

É tão fofa!

Não me importo se alguém zomba do que sinto. Sou rendido por ela e não nego. Mas, me importo se alguém duvidar do quão apaixonado sou por essa mulher, que só me surpreende a cada dia.

Sempre que podemos dormir juntos, faço o possível para acordar cedo, apenas pelo prazer dessa visão: dos seus lindos cabelos loiros esparramados no travesseiro e algumas mexas em seu rosto.

Costumo dizer que existe um céu e que ela é o meu Porque aquilo sim, era a visão perfeita do paraíso!

Marília, dormindo bem ao meu lado, grávida.

Esperando os nossos filhos.

Sim, meu dia começava bem quando podia contemplar aquela maravilha. Me chame de idiota, brega, ridículo, infantil e do que você quiser… Mas, sou tudo o que ela quiser que eu seja, sou rendido.

Ouvi um fã falar: “Você é tão boiolinha na Marília! Não me leve a mal, eu vivo falando que sou cadelinha de vocês, mas, Henrique, cê consegue ser pior que eu! Aposto que se ela falar 'senta e rola', você faz.”

Depois daquele dia, passei a ouvir muito a expressão "Ah, eu sou muito cadelinha de fulano” ou “sou boiola demais em ciclano”. Pesquisei sobre isso e posso garantir que rendeu muitas gargalhadas, não apenas minha, como da própria Marília — quando cometi a besteira de pensar em voz alta o quão “boiola” sou nessa mulher.

Suspirei observando. Levantei a mão até a altura de seu rosto, mas parei no meio do caminho quando ouvi o Léo chorar através da babá eletrônica.

Marília se remexeu e bocejou. Seus olhos foram abrindo lentamente e um sorriso mínimo apareceu em seus lábios.

— Pode deixar, eu vou. — ela disse.

— Não, amor. Pode ficar aí, volta a dormir. Você precisa estar descansada para o piquenique. — Beijei sua testa com carinho.

Marília concordou fechando os olhos, mas rapidamente abriu outra vez.

— Espera! Ele parou de chorar? — Notei que agora, era possível ouvir alguns resmungos.

— É a Helena falando? — Questionei me levantando e pegando o celular para verificar o horário.

— Amor, ela tá cantando. — Marília levantou sorrindo. — Ela tá cantando pra ele?

Coloquei o celular pra gravar e saímos do nosso quarto. Caminhamos em silêncio e entramos no quarto das crianças, nos separamos com a cena mais linda. Helena balançava Léo com as duas mãozinhas, assim como Marília fazia quando os colocava para dormir.

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