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Sem revisão!

{Juliano Tavares}

Sai do quarto quase que pulando de alegria, orgulho e muita felicidade.

Era a primeira vez que via minha irmã tão decidida a lutar por algo, digo... Lutar por ele. Durante todos esses anos a vi dizer que o amava e que faria qualquer coisa por ele, mas sempre fugiu e até um dia desses foi ela quem disse que iria por um ponto final na história deles.

Mas foi ela quem acabou de fazer um discurso sobre o amor deles, estou feliz com o que vi. Desci para a sala e abri um sorriso quando vi Mohana sentada ao lado de Nayara, as duas estavam em uma conversa bastante interessante visto que ambas nem notaram minha presença na sala.

— Que silêncio – tia Ruth comentou. — Nesse instante dava pra ouvir os gritos daqui.

— Eles estão bem? – Murilo perguntou desviando seus olhos de Léo para mim.

— Sim – sorri. — Estão ótimos, pode ficar sossegado... O problema não era de fato você, mas a falta de comunicação de ambas as partes.

— Duas crianças em corpo de adultos – Bahia disse rindo. — Mas conta a fofoca.

— Doido pra ser demitido – Silveira brinca e todos gargalharam. — Mas conta, estou esperando.

— O macaquinho subiu na árvore e mesmo a Lila o mandando descer ele não quis, caiu. Já falei que quem pula de galho em galho é macaco, mas ele não me dá ouvidos – dei de ombros e todo mundo riu. — Aí quebrou o braço e torceu o pé, alguns arranhões aqui e outros ali, está tudo bem, além disso o que deixou ela puta foi o fato do idiota falar palavrão na frente das crianças e o Léo repetir.

— Vou nem perguntar que palavrão foi ou vou quebrar o resto dos ossos dele – Murilo disse revirando os olhos. — O resto foi ciúme dele.

— Digamos que sim – falei sentando em posição de índio no chão. — Quando Mohana e eu chegamos ela estava tentando cuidar dele, e quando o levei para o hospital parece que a Marília começou a sentir muitas dores e ao invés de ligar pra me avisar ou pra ele, ela e a Mohana tiveram a brilhante ideia de ligar para o Murilo que estava em Tocantins. Qual a necessidade? Pois é, também não sei. Silveira estava mais perto.

— Juntou tudo isso mais a falta de comunicação, Marília não avisou que queria vir pra cá, e os dois estão putos – Mohana falou. — Viu Murilo, nada contra a você.

— Sinceramente? – Huff começou brincando com o Léo e a Helena que fazia qualquer coisa pra ter a atenção dele. — Eu não quero ter nada haver com eles dois, os amo muito e estarei presente quando puder e quiserem minha presença – olhou pra mim. — Mas sou fofoqueiro e quero saber o desfecho da treta lá em cima.

Gargalhei e notei que todos os olhos caíram sobre mim, até o Vitor apareceu na sala para escutar a tal fofoca. A expectativa nos olhos deles só aumentava, mas assim que abri a boca para contar, a campainha tocou fazendo todo mundo suspirar.

Quando Iolanda abriu a porta um furacão passou por ela, só senti o impacto de um corpo sendo jogado em cima de mim e gritando meu nome.

Puta que pariu.

— Quem é o melhor amigo da face da terra? – identifiquei a voz da Maiara.

— Edson Júnior – Maraísa falou alto e puxando a irmã para poder me abraçar.

— A casa tá cheia... Cadê a minha Lila? Tenho novidades para contar.

— Ela tá lá em cima com o Henrique – falei a encarando, mas quando a vi da um passo para a escada a puxei.

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