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Sem Revisão

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Ricelly Henrique

— Me ajuda a subir, estou cansada – Lila pediu me abraçando.

— Vamos – me afastei e fiquei de pé para ajudá-la a levantar.

Seu semblante estava cansado, Marília já não aguenta ficar até tarde, suas noites tem sido difíceis e consequentemente as minhas também.

Juliano e Mohana se aproximaram, a cunhada estava visivelmente cansada e o mano parecia elétrico. O sorriso que ambos carregavam era tão contagiante que antes que percebesse estava sorrindo também, Lila olhava para os dois com um certo brilho no olhar.

— Dança comigo, mana? – Ju pediu encarando minha galega, ela fez uma bico fofo e logo segurou na mão que ele estendia para ela.

— Depois não reclame se eu me apoiar em você – ela disse rindo e ele a puxou devagar até onde o povo dançava.

Voltei a me sentar e Mohana sentou ao meu lado, a cunhada encostou a cabeça em meu ombro e suspirou.

— Ela parece tão feliz – comentei olhando para Marília que dançava, ou tentava acompanhar meu irmão.

— E está, nunca a vi tão feliz assim... Fico tão feliz por vocês, achei que nunca se acertariam.

— Por um momento achei a mesma coisa, mas quando Deus escreve uma coisa não pode Jamais ser outra, e Ele escreveu a Nossa História.

Ficamos observando os dois dançando e sorrimos, era impossível ignorar o amor que existia entre eles. É sem dúvida alguma o exemplo mais belo de que pode sim existir amizade entre um homem e uma mulher.

Mohana suspirou e virei o rosto poucos centímetros para encara seu rosto, me deparei com seus olhos fechados e com uma expressão neutra... Talvez não seja só Marília a única que tem tido uma péssima noite, afinal Moh tem uma bebê em casa, Maria Clara consegue ser mais difícil que Maria Antônia.

Encostei minha cabeça na sua, pisquei os olhos brevemente e então voltei a admirar os dois amores da minha vida dançando. Minha paz não durou muito, entre uma piscada de olho e um bocejo acabei me assustando ao ver Gabi na minha frente.

Seus olhos me observavam, ela olhou para Mohana que estava cochilando e arqueou a sobrancelha. Sabia bem que logo soltaria seu veneno, aliás, estava demorando demais para se mostrar.

— O que quer? – franzi o cenho. – Está atrapalhando a minha vista.

— Está me ignorando...

— E o que você queria? Que eu te recebesse com um sorriso e um beijo? – revirei os olhos. — Depois de tudo, o que você veio fazer aqui?

— Esquece o passado, Ricelly eu...

— Henrique, pra você é Henrique!

Gabi suspirou e apenas assentiu. Seus olhos passaram por Mohana e depois virou para encarar Marília e Juliano, os dois pareciam estar em outro mundo, e agradeci mentalmente por isso.

— Henrique... Eu sei que errei, causei muitos problemas na sua família, na sua vida com a Marília – suspirou. — Mas preciso do seu perdão.

— Esquece o passado – falei baixo.

— Eu te amei de verdade, mas aprendi que na sua vida só existiu e só irá existir espaço para uma pessoa.

— Exatamente – ouvi a voz sonolenta de Mohana. — Na vida dele só tem espaço para a Lila, somente par ela e francamente? Muita audácia da sua parte em vir aqui, não acha?

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