18

561 44 71
                                        

Juliano Tavares

Minha mente ainda estava processando a conversa que meu irmão e eu tivemos com a Elisa, no início fiquei puto achando que o Ricelly fosse fazer merda, mas agora... Agora eu só queria dar uns belos pontapés no idiota que fez aquela garota chorar.

Não entendi nada quando o manin pediu o endereço dela e o seu contato, má depois da conversa que nós tivemos quando ela foi embora chegamos a uma única conclusão: ela não vai ao casamento e também não vai ficar em casa sozinha.

Por sorte a viagem até a casa do Murilo não foi tão longa, no máximo meia hora de relógio. Uma e meia da manhã e estamos estacionando a mini van na porta do Murilo, Amanda vai ficar puta. Descemos do carro e como belos amigos que somos, eu comecei a tocar a campainha sem parar e o Ricelly a gritar.

— MURILO, Ô MURILO – enquanto o meu irmão gritava Zé começou a buzinar.

— Puta que pariu – sussurrei quando vi algumas luzes das casas vizinhas se acenderem. — O povo vai pensar que alguém morreu.

— O meu fígado vai morrer se ele não aparecer – Thiago comentou rindo.

— MURILO, Ô MURILO EU SEI QUE VOCÊ TA AÍ – Henrique gritava rindo.

— PARA DE GRITAR CARALHO EU TO INDO – uma voz gritou lá de dentro.

Comecei a rir e então a porta foi aberta, Murilo parecia puto e Amanda estava com Helena no braço, a loira tinha um semblante preocupado.

— Oi papai – Henrique passou na frente e tirou a menina do braço da mãe. — O que faz acordada a essa hora? Ela tá quentinha, tá doente?

— Febre Emocional – Amanda falou calma. — Aconteceu alguma coisa?

— Só viemos buscar esse moço – falei e olhei para Murilo. — Entra no carro e não fala nada.

— Eu não, vou voltar pra cama assim que cês forem embora.

— Entra no carro Huff – Cris se desencostou do carro e apontou para a porta. – Vamo beber.

Murilo olhou para os garotos e depois para Henrique que balançava a filha numa tentativa falha de fazê-la dormir, Amanda estava com cara de paisagem, era mesmo inacreditável que tenhamos feito todo aquele barulho só para ir beber.

— Leninha tá com febre, não vou deixa a Amanda sozinha.

— O que aconteceu? – Henrique perguntou.

— Ela tá com saudade do Léo, ele estava chorando e chamando a Marília – ela explicou. — Então o Murilo levou ele pra casa da tia Ruth, a Helena nunca fica sem ele e agora é ela quem tá com febre.

— O Miguel tá dormindo? – Ricelly perguntou.

— Tá, graças a Deus ele não acordou com esse barulho – Murilo falou cruzando os braços.

— Que maldade separar eles, né papai? – Henrique falou olhando a menina com o corpo mole. — Vamos, se arrume e pegue o Miguel, vou levar vocês pra Goiânia.

— Tá doido Henrique? – Zé botou a cabeça pra fora do carro. — A gente tá bem longe.

— Mas o avião está bem perto, a gente deixa ela no aeroporto e o Silveira vai buscá-la. – olhou para o casal e eles concordaram. — Quer ver o Leozin, papai?

— Quelo – foi tudo o que Helena disse

Uma hora depois e estávamos todos no único bar que acabamos aberto, por sorte era um local com pouca movimentação e com muita disposição de ficar aberto a noite toda, com karaoke (a empolgação dos cantores foi a mil) e muito estoque de bebida.

Nossa HistóriaOnde histórias criam vida. Descubra agora