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Juliano Tavares

Estava de cabeça quente, depois do show tudo o que fizemos foi ir embora, queríamos descansar e obviamente esfriar a cabeça. Evitamos falar com qualquer pessoa ou olhar as redes sociais, quando chegamos no hotel quase toda a equipe estava lá e a festa estava pronta.

O que ouvimos de gritos, assovios e palmas, Henrique começou a rir e pela primeira vez ele realmente entrou na onda da equipe, não que ele os ignorasse, ele só gosta de ficar sozinho. Meu irmãos entrou no embalo e tudo o que eu ouvia era o meu nome ser gritado, comecei a rir e neguei com a cabeça.

Depois de muita zoação e resenha fui para o meu quarto, não antes de quase jurar que estava bem, Henrique não me deixava em paz. Ao me jogar na cama olhei para minha mão e suspirei fechando os olhos, meu celular começou a tocar e atendi sem olhar, já tinha noção de quem seria.

Que porra foi aquela, Edson Júnior? – mordi o lábio.

Mohana, agora não vida...

Agora sim, caramba, eu pedi pra você segurar teu irmão e tu é quem parte pra cima daquele filho da puta – ela estava puta.

Desculpa mas não tenho sangue de barata – me sentei na cama e passei a mão no rosto. — Ele falou o que não devia – disse simples. — Se tem uma coisa que não admito é que falem mal da Marília.

O que aquele infame falou da minha Lila? – sua voz suavizou.

Cê acredita que ele teve a audácia de insinuar que ela poderia trair o mano? – ri nervoso, só de lembrar desse descaramento o ódio volta. — Quando vi já estava em cima dele.

Liguei pra brigar com você, mas não tem como – ela riu. — Devia era ter batido mais.

Sorri negando, odeio brigas, sempre achei que deveria resolver as coisas com educação e como ser civilizado, mais quando vi já estava voando em cima dele. Depois do primeiro soco o resto foi moleza.

Onde você está? – perguntei quando ouvi vozes.

Tô na casa do teu irmão, a Elisa tá aqui e Amanda também – falou baixo. — Murilo não queria deixá-la sozinha com as crianças, então a trouxe.

E as gêmeas? – perguntei lembrando que elas ainda estavam na fazenda.

Tão aqui, manda oi, tá todo mundo te ouvindo.

Oi zamores da minha vida – falei e ouvi as risadas.

Ou galo de briga, te amo viu? – Marília diz rindo. — Obrigada, mas na próxima... Fica quieto.

— Tentarei, mas duvido que alguém fale outra vez d'ocê perto de mim...

Nosso herói – Maraísa diz rindo.

— Ju, cê tá bem né? – Maiara perguntou. — Eu vou resolver isso viu? Prometo.

Relaxe ruiva, tá tudo bem.

Num tá não, isso é culpa minha... Se tivesse ouvido os concelhos d'ocês, nada disso tinha acontecido.

— O que passou passou, meu bem – falei.

Amor vou dormir aqui com as meninas, Ravi tá com febre, e o que mais tem nessa casa hoje é criança...

— Tá certo, mas já avisou o mano, Lila?

— Pra que? Ele vai querer vir pra fazenda hoje mesmo, e não pode.

Precisei concordar com isso, bem, não inteiramente, o Ricelly tinha que saber. Depois de mais um tempo conversando me despedi das meninas, Elisa foi a única que não falou nada, me deixando preocupado, fui para o banheiro e tomei um bom banho.

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