Karenin terminou sua viagem rapidamente, como era esperado. Quando estava saindo, a esposa do Sr. De Malere, a Sra. De Malere de vinte e cinco anos de idade, o olhou com seus olhos verdes como jade, sorrindo agradavelmente enquanto falava, “Não se esqueça de levar sua esposa para o baile daqui a dois dias! Todos nós estamos aguardando ansiosamente para conhecê-la. Nós soubemos que ela é linda!” convidou alegremente. Karenin assentiu de forma educada.
“Eu vou.”
“Meu querido Karenin, ainda não terminei aqui. Se você não se importar, por favor permita que minha esposa o acompanhe”. Sr. De Malere falou com sua voz grossa.
Ele estava bastante gordo, seus olhos desapareciam enquanto sorria. Era vinte anos mais velho que Karenin e um homem com um coração gentil. Mas não era assim tão competente. Era óbvio que sua esposa era seu bem mais precioso.
Karenin aceitou, e o Sr. De Malere beijou a esposa. Era apenas uma curta despedida, e mesmo assim já demonstrava um forte desejo por ela.
“Por favor venha comigo, Sr. Karenin.” Sra. De Malere sorria enquanto falava. Com seu sorriso, o sinal do lado direito de sua boca ficou ainda mais charmoso com o surgimento das suas covinhas.
A criada da Sra. De Malere os acompanho ficando atrás dela. Após caminhar cerca de vinte a trinta metros, a Sra. De Malere perguntou de repente: “Uma, você viu o meu anel?”
“Não, Madame”.
De fato, a criada chamada Uma, notou que o anel de safira mais valioso da sua senhora estava desaparecido agora que havia sido mencionado.
“Vá até o closet e veja se está lá. Devo ter esquecido de colocá-lo de volta após tirar”. A Sra. De Malere lhe falou suavemente, olhando em volta enquanto mexia nas mãos. Após a criada sair, sorriu mais uma vez para Karenin.
“Desculpe por tomar muito do seu tempo”.
“Está tudo bem, Madame”.
“É um anel que gosto bastante.” As expressões dela eram simpáticas e amáveis.
“Vejo que tem o hábito de rodar seus anéis.” Karenin disse.
Sra. De Malere ficou um pouco surpresa, então sorriu enquanto dizia: “Você é sempre tão atento nas suas observações. Dois anos atrás, quando disse para alguém me lembrar de que meu vestido estava rasgado, reconheci que você prestava atenção até aos mínimos detalhes. Foi graças a você que não me envergonhei.”
“Não foi nada, Madame.”
Quando chegaram na entrada, Karenin agradeceu a Sra. De Malere mais uma vez, então entrou na carruagem de Binos e foram de volta para o hotel.
Assim que Karenin chegou no hotel, foi até a sua suíte no terceiro andar. Quando abriu a porta, ele descobriu que não havia ninguém na sala. Fechando-a, decidiu por fim ir até o quarto.
Ao chegar, notou que a porta do quarto estava levemente aberta, o cômodo escuro e a atmosfera era bastante quieta. Sua esposa estava por perto? Ou ela havia saído?
Decidindo que ficar parado à toa não iria dar respostas, ele entrou no quarto.
E lá viu que tinha algo em meio aos lençóis bagunçados, na verdade, era sua esposa. Ela estava enrolada firmemente, mas ainda tinha metade das costas nuas e descobertas.
Karenin nunca havia visto alguém em um sono tão profundo. Em outras palavras, sua pequena esposa estava dormindo de um jeito que nem mesmo um desastre seria capaz de acordar-la.
Karenin andou até a cama e pegou um pedaço do lençol que não estava sendo usado, e cobriu a parte exposta das suas costas. Ele pegou os seus documentos e fechou a porta do quarto após sair. Então se sentou no sofá e finalmente começou a trabalhar. Após cerca de uma hora trabalhando, a porta do quarto foi aberta.
“Por quanto tempo você dormiu, Anna?” Karenin perguntou enquanto guardava os documentos. Por algum motivo, estava um pouco curioso.
Após Anna acordar, pode notar que Karenin havia retornado. O cabideiro perto da porta era um sinal óbvio. No começo, se sentiu envergonhada, sabendo da bagunça de lençóis em que estava na cama. Portanto, decidiu que tinha que colocar uma roupa mais apropriada antes de sair do quarto depois de ajeitar o cabelo.
Ainda agora, quando ele perguntou por quanto tempo ela havia dormido, ainda estava um pouco envergonhada.
“Seis horas?” ela respondeu um pouco incerta.
“Você dormiu durante um quarto do dia,” Karenin concluiu. Seu tom era tão monótono para estar zombando, mas a possibilidade de ser um elogio era logicamente improvável. Ele estava dando a ela um olhar aguçado. Estava desapontado por ela não ter seguido sua recomendação.
No final, Anna decidiu parar de pensar sobre isso, fingindo que o assunto era passado. Sentando ao lado de Karenin, ela perguntou, “Nós podemos ir comer agora?”
“Ainda temos uma hora antes do horário normal de jantar” ele respondeu prontamente, e Anna fez beicinho, um pouco desapontada. Pouco tempo depois disso, ela escutou Karenin falar novamente. “Mas se estiver com fome, então talvez nós possamos ir comer agora.”
Antes de ele sequer terminar de falar, Karenin obteve um sorriso brilhante e as bochechas rosadas de sua pequena esposa.
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A Noble Marriage (Novel)
RomanceAo contrário de outras mulheres de sua idade, Anna conseguiu escolher um marido para si mesma. O homem que ela escolheu era sério, rígido em sua moral, mas também honesto até demais. Essas características eram o que o tornavam querido para ela. "Nos...