Capítulo 33: Intoxicado (2)

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Ela deixou Karenin sentar-se em uma poltrona enquanto lavava as mãos. Iniciou a massagem em seu pescoço com bastante habilidade.

Ele fechou os olhos como se estivesse em êxtase.

“Está livre amanhã?”

“Não há nenhum compromisso ainda. Por quê? O que há de errado?”

“Quero ir às compras. Só queria dar uma olhada.”

Anna esperou curiosamente pela resposta de Karenin. O silêncio prevaleceu por algum tempo, como se estivesse pensando profundamente. Ele finalmente falou.

“Às vezes não entendo bem por que as mulheres não tem uma lista planejada quando vão às compras. Acho que vão sem um propósito.”

“Bem, não posso culpá-lo por não entender, pois às vezes não nos entendemos também.” Anna falou, sorrindo de bom humor. Ela então começou a contar a Karenin sobre algumas coisas engraçadas que as crianças disseram ou fizeram naquele dia.

“Lúcia é realmente muito inteligente. E André é um tanto arrogante, mas muito fofo. Quanto a Charlie, você não sabe como ele é engraçado quando fala…”

“Você gosta de crianças?” Karenin perguntou de repente, interrompendo-a.

“Eu amo.” Anna respondeu instintivamente, então como se de repente percebesse algo, seu rosto ficou vermelho de vergonha.

“Bem…” Murmurou algo incoerente, enquanto suas mãos paravam de se mover.

Ela queria dizer algo, mas Karenin de repente ergueu a mão para pegar a mão direita de Anna, que estava em seu pescoço, e a puxou suavemente.

Olhando-a com seus olhos indiscerníveis, puxou Anna para baixo em sua direção, sentando-a em seu colo.

“Você pode me abraçar.” Karenin disse.

Anna não conseguiu evitar de corar. O lóbulo da orelha estava completamente vermelho. Ela ergueu as mãos e as envolveu suavemente no pescoço de Karenin. A mão dele se ergueu novamente e pousou sob o lóbulo de sua orelha, traçando sua delicada mandíbula até o queixo e, finalmente, seu polegar roçou suavemente em seus lábios.

“Você está bêbado?” Anna perguntou hesitante com a voz baixa e trêmula.

“Não.”

Anna queria falar algo, mas descobriu que não conseguia. Suspeitou que Karenin estava um pouco bêbado.

“Respire.” Karenin sussurrou, sua voz baixa e fria como o vento de outubro, levando consigo a fragrância dourada dos campos de trigo.

Anna obedeceu. Nunca havia beijado profundamente uma pessoa, e sabia que Karenin também não. Anna estava ciente de que se ele tivesse feito isso, seu coração queimaria de ciúme.

O corpo de Karenin se moveu embaixo dela, para ficar de pé enquanto a pegava no colo. Um de seus chinelos caiu no luxuoso tapete de veludo, o outro foi tirado por Karenin e jogado descuidadamente no chão acarpetado.

Anna corou ao ser colocada na cama e beijada com muito cuidado. A timidez a dominou e fechou os olhos com força, o dedo de Karenin parou de contornar seu ombro quando deu um beijo suave no final da sua clavícula.

Anna abriu os olhos para ver as orbes azuis encarando-a, a menos de quinze centímetros de distância.

Nunca tinha estado tão perto de outra pessoa. Se ela se movesse um pouco mais perto, não haveria distância entre eles.

Então, de repente, ele recuou.

Surpresa, Anna gaguejou: “O que foi?”

“Eu bebi, e você não gosta.”

Karenin falou com calma, seus dedos penteavam suavemente o cabelo de Anna.

Anna sentiu a excitação sair dela da mesma maneira que o ar sai de um balão quando é perfurado.

Então, de repente inspirada, ela o olhou nos olhos e sorrindo, levantou-se, empurrou-o para baixo e subiu em cima de seu corpo. Contornou os traços do rosto dele com a ponta dos dedos, finalmente descansando-os contra seus lábios — quando de repente foi pega por Karenin, que a beijou profundamente.

A Noble Marriage (Novel)Onde histórias criam vida. Descubra agora